terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Construção civil reduz intenção de investimentos

O indicador de expectativa de nível de atividade caiu 1,6 ponto em janeiro, a 37,7 pontos ( Foto: Natinho Rodrigues )
Diante da insegurança econômica do País, os empresários da construção civil estão mais pessimistas com o ano de 2016. A intenção de investimento caiu 1,3 ponto em janeiro na comparação com dezembro e registrou 25 pontos neste mês, como mostra a Sondagem Indústria da Construção, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador mensal varia de zero a cem pontos, valores abaixo de 50 pontos sinalizam pessimismo.
O presidente do Sindicato das Construtoras (Sinduscon), André Montenegro, ressalta que "isso nada mais é do que uma onda de pessimismo que tomou conta do País, que é até um pouco exagerada", indaga explicando que o cenário atual é de cautela e não de paralisação.
Primeiro semestre
A queda nas expectativas também é refletida para os próximos seis meses. O indicador de expectativa de nível de atividade caiu 1,6 ponto em janeiro na comparação com dezembro e chegou a 37,7 pontos, o menor valor da série histórica, iniciada em janeiro de 2010.
A carga tributária, a alta taxa de juros e a demanda interna insuficiente estão entre as principais dificuldades apontadas pelos empresários do segmento, no último trimestre de 2015.
Em dezembro, a indústria operou, em média, 55% da capacidade de operação, o menor nível da série histórica iniciada em janeiro de 2012.
Solução
Montenegro enfatiza que em um período de recessão econômica, os brasileiros não podem ficar parados. "O empresário mais do que nunca tem que ir atrás de soluções inovadoras, atrás de oportunidade, tentando cortar custos".
O presidente do Siduscon faz ainda uma crítica aos empresários que "reclamam demais e que não participam". "Os empresários têm que procurar as suas entidades de classe, porque são nas reuniões que acontecem nesses ambientes, que a gente acha a solução", conclui.

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