O Ceará registrou um aumento de 4% nas exportações de frutas frescas. É o que apontam dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). De janeiro a dezembro de 2015, US$ 118,9 milhões em frutas foi comercializado entre o Estado e outros países.
De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Ferruccio Feitosa, mesmo enfrentando quatro anos consecutivos de seca, a fruticultura cearense tem crescido no estado e há motivos para comemorar. "Em 2014 fechamos o ano com US$ 114,4 milhões no valor total de frutas exportadas. Em 2015, superamos as expectativas. Enquanto algumas frutas apresentaram dificuldades, outras se sobressaíram, como mamão, melancia, abacaxi e coco", comenta.
Maiores impactos
O mamão fechou 2015 com variação de 154,5% se comparado ao ano imediatamente anterior, sendo o fruto de maior crescimento registrado no período. Melancia (90%), abacaxi (49,6%) e coco (21,8%) também apresentaram ampliação nas exportações em 2015.
"No caso da melancia, o aumento na exportação deveu-se principalmente à tecnologia envolvida no processo produtivo. Com o cultivo de uma variedade de melhor aceitação na Europa, de polpa mais firme e de maior produtividade, ela alcançou o segundo lugar. Já no caso do abacaxi e do coco acreditamos que foi ocasionado pela abertura de novos clientes no exterior", explica o diretor de Agronegócio da Adece, Sílvio Carlos Ribeiro.
Mesmo com problemas hídricos enfrentados pelo Estado e uma pequena retração na variação, o melão foi responsável pela maior parte das exportações de frutas do Ceará. O fruto gerou US$ 88,7 milhões em vendas para outros países, uma fatia de 74% do total de frutas. Melancia aparece em segundo lugar do ranking, com US$ 14,1 exportados e parcela de 12%; e banana em terceiro, com US$ 6,9 milhões e 6% de participação.
Holanda e Reino Unido foram os maiores compradores de frutas cearenses. Enquanto o primeiro país importou US$ 46% do total de frutas exportadas do Ceará, o segundo recebeu 32% do valor total.
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