Lideranças do PDT se reuniram ontem, em Brasília, no encontro nacional do partido em homenagem ao fundador da sigla, Leonel Brizola, que completaria 94 anos. Entre os cearenses presentes, além do ministro das Comunicações, André Figueiredo, e do ex-governador Ciro Gomes, compareceram Flávio Torres, presidente de honra, e o secretário estadual do Trabalho, Josbertini Clementino. No evento, o nome de Ciro para ser candidato a presidente da República saiu fortalecido. A presidente Dilma Rousseff compareceu acompanhada do ministro Ricardo Berzoini.
"Foi uma reafirmação do PDT como uma alternativa de poder, de projeto para o Brasil, uma celebração da honraria que foi concedida a ele (Brizola) de ser considerado um dos horóis da Pátria, um momento de lembrança da importância que ele teve em 1961, ao convocar uma rede de rádios para defender a posse do vice-presidente João Goulart, e nós vivenciamos um momento muito semelhante hoje. É um momento em que o PDT reafirma, através da sua história, o seu compromisso com o Brasil", afirmou André Figueiredo.
Para ele, o encontro foi também de consenso no que diz respeito "à unidade do partido em relação à avaliação da conjuntura nacional, à definição de termos um posicionamento firme contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e à reafirmação de candidatura própria (em 2018), que hoje responde de forma uníssona em nome do Ciro". Ainda segundo o ministro das Comunicações, todos os diretórios estaduais do PDT estiveram presentes.
Já a presença de Dilma no evento, na análise de Figueiredo, foi importante para que a sigla reafirmasse a confiança na governabilidade da petista, mesmo tendo "questionamentos sobre os rumos que o Brasil precisa tomar até 2018". "Ela entrou e saiu de uma maneira muito tranquila e agradecida pela manifestação do partido de origem. Várias manifestações espontâneas, da própria plateia, diziam: 'Dilma, volta para cá!'. Foi um momento descontraído e grande para o PDT", detalhou o ministro.
Insatisfeito
O pedetista saiu em defesa do mandato de Dilma e expôs palavras da presidente durante o encontro. "É legítimo que qualquer cidadão se sinta insatisfeito com o governo atual, agora atentar contra a democracia é que achamos que é considerado golpe".
O ex-ministro Ciro Gomes negou que seu ingresso no PDT estaria vinculado à condição de sair candidato a presidente da República. Ele disse estar à disposição para desempenhar "qualquer tarefa que o PDT entenda que esteja à altura de enfrentar".
O PDT fechou questão contra o impeachment da presidente Dilma e contra a permanência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara Federal. Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, apontou que parlamentares que não seguirem a orientação da direção da sigla estarão sujeitos a sanções.
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