R$ 2 milhões em material furtados

Parte dos produtos, avaliada pela Polícia em R$ 50 mil, foi localizada no Distrito de Umburanas, em Mauriti

Mauriti. Cerca de R$ 2 milhões em materiais e ferramentas que seriam utilizados na construção do Canal da Transposição do Rio São Francisco foram furtados dos galpões da empresa Queiroz Galvão, conforme avaliado pelos engenheiros da empresa. Parte do material, estimado em R$ 50 mil, de acordo com a Polícia, foi apreendido.

Produtos como mantas impermeáveis, andaimes importados da Noruega, toneladas de aço e ferro e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), foral localizados na última quarta-feira (27), com o desfecho da operação, resultado de seis meses de investigações policiais.

As apurações indicam que há mais de seis meses começaram a ser registradas as denúncias de desaparecimento do material de construção, do canteiro de obras, no Distrito de Umburanas, em Mauriti.

O funcionário da Queiroz Galvão, Lucivan Severino de Sousa, de 27 anos, é acusado de furtar o material e repassar para o comerciante de material de construção, Jose Queiroz da Silva, de 45 anos, e seu cunhado, que foi preso em flagrante. Ele estava com uma espingarda.

O funcionário chegou a ser levado ao local onde o material estava sendo recolhido, ainda com o fardamento da empresa, mas ele não ficou preso por muito tempo, por não haver o flagrante. Apenas prestou depoimento e foi liberado em seguida, enquanto o seu cunhado permanece na cadeia, acusado de crime de receptação e porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com o sargento José Paulo Neto, o material estava sendo levado aos poucos do canteiro de obras pelo acusado, e era repassado para o seu cunhado, que comercializava os produtos. Os furtos tiveram início, conforme a Polícia, desde que a empresa começou a realizar os serviços na área.

As investigações contaram com os trabalhos de policiais destacados em Mauriti, no Serviço da Inteligência da 3ªCia do 2ºBPM (Brejo Santo) e agentes da Polícia Civil. De acordo com o Ministério da Integração Nacional (MIN), mesmo acompanhando o caso, a responsabilidade pelo material furtado cabe à própria empresa proprietária.

O funcionário da obra ainda estava trabalhando como ajudante de pedreiro, mas deve ser indiciado por furto qualificado. Ele aguardará a conclusão do inquérito sobre o caso em liberdade. Boa parte do material da empresa já foi comercializada e a Polícia continuará realizando as investigações sobre o caso.

Obra

Com previsão de ser concluída até 2017, a obra do Canal da Transposição abrange municípios no Cariri como Jati e Brejo Santo. Grande parte dos serviços já está concluída, chegando a 91.6%. (Elizângela Santos, Colaboradora)