São Paulo. O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança deve encolher 20,6% neste ano, para um patamar de R$ 60 bilhões, de acordo com as projeções feita pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
"As projeções indicam que 2016 será um ano igualmente desafiador sob o ponto de vista econômico. Comprar imóvel demanda confiança e o Brasil passa por uma crise de confiança e todos os setores estão sentido. A indústria da construção civil sofre mais, pois precisa de muito mais crédito e confiança", avaliou o presidente da entidade, Gilberto Duarte, que também é diretor de crédito imobiliário do Santander.
Segundo ele, esse contexto mais desafiador vem desde o ano passado em meio ao aumento da inflação e dos juros e da maior taxa de desemprego. Esse conjunto de fatores não ajudam, diz Duarte, uma vez que o mercado imobiliário se beneficia de confiança e taxa de juros baixa.
Financiados
Neste contexto, o crédito imobiliário com recursos de poupança desabou 33% no ano passado, totalizando R$ 75,6 bilhões em relação a 2014. O número de imóveis financiados chegou a 341,5 mil unidades, queda de 36,6%, na mesma base de comparação. "Tivemos uma retração importante. A crise econômica de fato tocou o consumidor, mas ainda foi possível alcançar um nível de atividade bastante alto", avaliou Duarte, que lembrou que o mercado imobiliário passa por um período de ajustes em 2016.
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