quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Qualidade e preço de produtos atraem consumidor para feiras

Feirantes que atuam na Capital já percebem um crescimento na movimentação de clientes nas últimas semanas, embora os preços das frutas e legumes tenham aumentado cerca de 15%, em média, desde o início do ano ( Fotos: Fabiane de Paula )
A qualidade dos produtos é o que mais tem levado os consumidores até as feiras livres da cidade. Por serem comprados no mesmo dia da venda, frutas, verduras e legumes disputam a atenção dos clientes, que ainda podem encontrar carnes e peixes frescos, queijos, gomas, castanhas, temperos e utensílios de cozinha. O que não pode faltar no carrinho, ou na sacola do consumidor, são bananas, abacaxis e laranjas, que estão entre os itens mais vendidos.
A dificuldade atual para quem opta pela feira é saber a quantidade do que será possível comprar com o dinheiro levado, pois a cada semana os preços oscilam, para mais ou para menos, conforme o valor que os feirantes pagam e repassam ao freguês. Por exemplo, nesta semana, o vilão da feira é a cenoura, a R$ 6 o quilo. Já o quilo do maracujá reduziu R$ 2 da semana passada para esta, sendo encontrado, em média, por R$ 6. Foi o que mostrou pesquisa direta feita ontem pela reportagem.
Há 20 anos trabalhando em feiras livres, Antônio José, 42, tem sentido uma movimentação maior na feira nas últimas semanas, apesar dos preços terem aumentado em torno de 15% desde o início do ano. "Os valores estão subindo e o nosso lucro está cada vez menor", diz. Na banca, muitas opções de frutas, legumes e verduras. Entre os campeões de vendas estão a laranja, a banana e o abacaxi. "Tudo que trazemos estamos conseguindo vender", comemora.
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Procura
Em outra barraca, Adonildo Barbosa, 67, que está na atividade desde os 15 anos, considera que o custo de vida aumentou e o freguês procura por preço. "A vantagem da feira é a mercadoria ser do dia. Se compramos mais barato, podemos vender mais barato".
Mesmo com o lucro menor, para Barbosa o importante é não perder os clientes, que já se acostumaram com o pagamento somente em dinheiro, por conta das taxas administrativas que as operadoras cobram.
Comparação
Para dona de casa Augusta Saraivam está tudo mais caro. Ela tem o hábito de pesquisar entre o mercantil e a feira e compra em cada local o que estiver mais barato. Costuma levar entre R$ 80 e R$ 100 toda semana para as despesas. Nas sacolas, goiaba, banana, laranja, abacaxi.
Alternativa
A aposentada Elisabete Madeira, 62, vai a feira toda semana para comprar alguns produtos específicos, entre eles, a batata doce. "Os demais compro nos dias de promoção do mercantil".
Diferenças
São poucos os itens que têm variação dentro de uma mesma feira. No caso da que fica localizada na Rua Carlos Ribeiro esquina com a Rua Dom Sebastião Leme, próximo a Praça São Cristóvão, no Bairro de Fátima, os preços variam mais nas frutas. A maçã grande apresenta variação de 100%, indo de R$ 1 a R$ 2. O quilo da laranja e da manga aparecem na sequência, com 50% de alteração, podendo ser encontradas em barracas diferentes entre R$ 2 e R$ 3, ambas as frutas. E a dúzia da banana é o que mostrou menor variação, 25%, de R$ 4 a R$ 5.
Enquete
Quais vantagens esse tipo de comércio possui?
"Os produtos estão um pouco mais baratos na feira, mas o principal atrativo para mim é a questão da qualidade. Venho toda semana e gasto em torno de R$ 100. Percebo que está tudo ficando mais caro"
Pádua Chaves
Aposentado
"Na feira, eu escolho os produtos com melhor qualidade. O preços estão equilibrados com os do mercantil. Como moro próximo, venho toda semana e gasto em torno de R$ 50. Se comprar muito, estraga"
Dornélio Lima
Aposentado

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