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É melhor prevenir do que remediar. Com base neste ensinamento, o governador Camilo Santana – diante do agravamento da crise de oferta hídrica e da certeza de que este será mais um ano de baixa pluviometria no Ceará – determinou a redução de 30% da oferta de água tratada à população de Fortaleza e das cidades de sua Região Metropolitana.
Na prática, haverá um racionamento, que funcionará assim: será reduzida em 30% a vazão da água que os açudes Pacoti e Riachão transferem para o açude Gavião, à jusante do qual está a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Cagece. Isto significará que a ETA do Gavião passará a tratar e a ofertar 30% menos água do que vinha tratando e ofertando ao consumo da população da RM de Fortaleza.
Este blog tem a informação de que a determinação do governador Camilo Santana já está sendo obedecida. Ou seja, dentro de mais alguns dias começarão os protestos contra a falta de água em diferentes bairros de Fortaleza.
Mas, na verdade, trata-se de uma providência sensata, tendo em vista que não vingou – como se esperava – a decisão de multar os consumidores que não economizaram água. Uma fonte da Cagece revelou que, apesar das multas aplicadas, o consumo da água não diminuiu, principalmente nos condomínios residenciais da capital.
A crise da oferta de água agravou-se por causa da situação do açude Castanhão – de onde estão vindo 100% da água que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza e também o Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A capacidade do Castanhão – que pode armazenar 6,5 bilhões de m³ de água – está hoje reduzida a 9%. Pelos cálculos dos técnicos da Cogerh, em agosto ou setembro, ou antes disso, o Castanhão disporá apenas do seu volume morto.
O Orós – que pode armazenar 2,2 bilhões de m³ de água – dispõe hoje, ainda, de 40% de sua capacidade. Isso – segundo os técnicos da Cogerh – será suficiente para que, com o Castanhão, o abastecimento de água de Fortaleza, com as restrições determinadas pelo governador Camilo Santana, atravessa todo este ano de crise hídrica.
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