quarta-feira, 16 de março de 2016

Greve da Saúde já dura 11 meses

Barbalha. Servidores municipais da área da Saúde deste município estão em greve há quase um ano. Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Barbalha (Sindmub), Jaqueline Ferreira, esta é a greve mais longa registrada no País na área da Saúde. Os profissionais reivindicam reajuste salarial, concurso público, melhores condições de trabalho, Plano de Cargos e Carreiras (PCC) além de lei municipal para legalizar o repasse de incentivo do Programa de Melhorias do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB).
"A classe já acumula perda salarial de 130% ao longo do últimos dez anos", acrescenta Jaqueline. Há 11 meses com a maior parte dos profissionais paralisados, o atendimento nos 22 Postos de Saúde, unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Farmácias Populares, Centro Materno Infantil e Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) está comprometido.
Segundo o sindicato, 120 profissionais, entre médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, aderiram à greve. A direção do Sindmub avalia que "apenas 17 médicos, do Programa Mais Médicos", continuam atendendo. Já entre enfermeiros e dentistas 23 dos 44 estão em atividade. "Eram 11 dentistas, mas cinco estão parados por falta de material", ressalta.
Ela lembrou, ainda, que a população mais carente tem sofrido com a falta de atendimento e ressalta que, mesmo diante do apelo público, o "prefeito Zé Leite não toma nenhuma atitude, tampouco responde nossos pedidos de diálogo". Sem nenhuma proposta oficial, a greve continua sem perspectivas para acabar. "Por nove votos a zero o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou a paralisação legal, mais um motivo para não recuarmos sem que nossas reivindicações, que são legitimas, sejam atendidas", finalizou.
A reportagem tentou contato com a secretária de Saúde de Barbalha, Desiree de Sá Barreto Dias Gino, mas as ligações não foram atendidas. O prefeito, José Leite Gonçalves Cruz (PT), também não foi localizado. 

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