Foi um jogo atípico. O placar de 2 a 0 foi inesperado até mesmo pra quem deixou o campo como vencedor. O mesmo início do texto pode ser aplicado para os dois jogos semifinais entre Guarani de Juazeiro e Uniclinic. E numa análise das duas performances do Leão do Mercado, foram duas partidas bem diferentes do que fez o time durante todo o Campeonato Cearense.
A pior atuação do já limitado time rubronegro aconteceu justamente no jogo mais importante: o primeiro. Diante de um Romeirão com bom público (levando em conta os padrões do clube), a equipe de Leivinha simplesmente não andou. O gol do Enercino, logo aos três minutos, apenas agravou o problema. O poder de reação foi nulo e o Guarani perdeu por 2 a 0 e frustrou os torcedores.
A derrota foi exceção à regra. Apesar de todos os problemas, toda a limitação do elenco e a carência em quase todas as posições, o Leão do Mercado não havia jogado tão mal em todo o Campeonato Cearense. Claro que o time não foi um primor. Tampouco era favorito na fase semifinal. Mas a produção no Romeirão foi bastante abaixo da média.
No jogo da volta, o Guarani fez o que não tinha conseguido ainda. Concluiu muito mais as jogadas criadas. Se faltaram finalizações na primeira partida, sobraram boas chances no PV. Dois gols e uma pressão que por muito pouco não foi premiada com uma improvável classificação. Tudo isso com apenas 10 guerreiros em campo, depois da expulsão de Eduardo Eré ainda na etapa inicial.
Enfim, a eliminação custou caro. Com as cotas das Copas do Brasil e Nordeste o Guarani poderia concluir o seu centro de treinamento, além de manter e reforçar a boa base atual. Mas o clube pecou em detalhes. Salários, material esportivo, constantes deslocamentos para treinos. Nada disso fez parte da rotina do Uniclinic, por exemplo. Isso faz e fez diferença. Mas fica uma lição: num mata-mata não dá pra fazer o pior e o melhor jogo e escapar impune.
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