quarta-feira, 13 de abril de 2016

Sob tensão, projeto de lei que prevê reajuste salarial dá entrada na Câmara de Juazeiro


Momento em que a sessão foi paralisada por falta de energia
Momento em que a sessão foi paralisada por falta de energia
Juazeiro do Norte. Em clima de guerra, os vereadores deste município deram entrada ao projeto de lei que prevê reajuste salarial de 7% para várias categorias do setor público. Horas antes de iniciar a sessão ordinária, cerca de 200 profissionais das áreas da saúde, segurança e meio ambiente se manifestaram em frente a Câmara. Eles são contra o reajuste.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun), a intenção do manisfesto era a “não entrada desse projeto de lei enviado pelo Executivo”. Os servidores avaliam o reajuste proposto incompatível com a inflação. “A inflação está acima dos 10%. Pedimos 10,67% para repor a inflação e ter ganho real”, pontuou Edilberto Oliveira, diretor do Sisemjun.
ConfusãoA sessão foi paralisada por quase trinta minutos devido ao tumulto. A Polícia Militar (Força Tática de Apoio e Raio) foi solicitada no plenário para conter os ânimos. O fornecimento de energia elétrica chegou a ser cortado. De acordo com a PM, há suspeita de que os próprios manisfestantes cortaram a luz para evitar o andamento da sessão. A polícia restringiu o acesso ao plenário para apenas 70 manisfestantes.
Os servidores que tiveram acesso ao plenário portaram faixas e cartazes. Ao fim da sessão, os servidores gritaram palavras de ordem como “vergonha” e “7% não”. O projeto de lei deverá ser votado na próxima semana.
ParalisaçãoHá 14  dias profissionais das áreas da saúde, segurança e meio ambiente deflagraram greve por tempo indeterminado. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun), Antônio Rodrigues de Oliveira, “apenas 30% dos 67 postos de saúde do município estão em funcionamento, assim como somente 30% do efetivo da Guarda Civil Municipal está trabalhando, em conformidade com a lei”.
De acordo com o o diretor do Sisemjun, Edilberto Oliveira, as categorias reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho. “Temos uma pauta única, mas cada categoria tem uma reivindicação específica. No caso dos profissionais da saúde, eles pedem que acordos firmados no anos passado sejam cumpridos, como é o caso do pagamento de insalubridade. Os profissionais da Semasp cobram melhores condições de trabalho e pagamento de insalubridade. Já os guardas municipais pedem equipamentos”, detalhou Oliveira.

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