sábado, 4 de junho de 2016

Comitê pesquisa 147 famílias de adolescentes

Os 24 pesquisadores do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, organização coordenada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Ceará e fruto de uma iniciativa da Assembleia Legislativa, com apoio do Governo do Estado, já ouviram 147 famílias de adolescentes assassinados em Fortaleza, em 2015. Os profissionais também entrevistaram 76 adolescentes que praticaram ato infracional análogo a homicídio. Dentre as informações confirmadas está o fácil acesso destes jovens à arma de fogo e o tráfico como "oportunidade de emprego".
Os dados preliminares foram repassados pelo coordenador do escritório da Unicef em Fortaleza, Rui Aguiar, ontem, durante o seminário "Prevenção de Homicídios na Adolescência: discutindo armas e drogas", realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC). De acordo com ele, o que foi observado, desde que as pesquisas tiveram início em março, é que entre os adolescentes assassinados ou que cometeram atos infracionais de natureza grave predomina o abandono escolar, geralmente aos 12 anos.
Resultado
De acordo as informações de Rui Aguiar, até o dia 15 de julho, o comitê deverá entregar o resultado preliminar da pesquisa e elaborar recomendações serão apresentadas à Prefeitura e o Estado. No segundo semestre deste ano, uma equipe deverá ficar "voltada para a criação de políticas públicas", de acordo com ele. Quatro áreas da cidade de Fortaleza são o foco da pesquisa e das ações. São elas: Barra do Ceará, Bom Jardim, Vicente Pinzon e Jangurrusu.

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