sexta-feira, 3 de junho de 2016

Presos por fraude à CEF depõem


Foi iniciada ontem a fase de tomada de depoimentos dos 13 presos pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (1º), em decorrência da 'Operação Caixa Preta'. Os depoentes são suspeitos de integrarem uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 50 milhões em empréstimos fraudulentos realizados em duas agências da Caixa Econômica Federal (CEF).
Na operação, foram presos David Athilla Andrade Bandeira Barreto, Ricardo Gonçalves Castro, Ana Carolina Araújo Medeiros, Iuri de Sousa Torres, José Deuzimar da Silva, Gehard Shintani Hauache, Graciane Conceição Araújo, Susana Glória dos Santos, Francisco Clécio Almeida da Costa, Diogo de Almeida Pereira, Gleucia Maria Nunes de Sousa, Mailton Serafim Farias e Dayna de Araújo Martins.
A PF ainda cumpriu mandados de busca e apreensão contra Márcia de Souza Leão, D Result Contabilidade Eireli ME, Euler Moreno de Oliveira ME, Igoberto Soares dos Santos ME, JVA Construções e Serviços LTDA, Argo Comércio e Serviço - Mobcom Soluções em Tecnologia Ltda, Viação Brasil Transporte e Turismo LTDA e Ruth Vitória de Araújo Medeiros.
Conforme as apurações, o grupo aliciava pessoas para serem sócios-laranja de empresas de fachada. Com isso, obtinham empréstimos junto à Caixa, em duas agências do banco em Fortaleza, no Náutico e na Avenida Francisco Sá. Os valores eram sacados ou transferidos para as empresa envolvidas.
Entre os anos de 2012 e 2014, pelo menos 409 contratos fraudulentos foram identificados através de auditoria da Caixa e investigações da PF. O Ministério Público Federal (MPF) também atuou nas apurações.
Foram descobertas 114 empresas, a maioria de construção civil, das quais 80% seriam de fachada, segundo a Polícia. Os trabalhos da PF duraram dois anos e, conforme o delegado Gilson Mapurunga, que coordena as ações, continuam.
Fidúcia
Dentre os presos está o ex-gerente da CEF, David Athilla Andrade Bandeira Barreto. Ele já havia sido preso no ano passado, quando da deflagração da 'Operação Fidúcia'. À época, a PF descobriu esquema de desvios em empréstimos, utilizando alienação de garantias que eram fraudulentas ou inexistentes.

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