00:00 · 11.06.2016 / atualizado às 01:53
Elas ainda não são completamente autossustentáveis, mas caminham na mesma direção: investir no trabalho coletivo no qual todos possam ganhar tanto em valor monetário quanto na troca de vivências com a natureza.
Em Caucaia, na comunidade rural de Matões, um grupo de mulheres já está perto de alcançar a autonomia financeira por meio do caju e de seus derivados, a exemplo da cajuína. A bebida, que tradicionalmente era produzida pelas famílias da região, estava se perdendo no tempo. Agora, o grupo proporciona trabalho, renda e a certeza de pertencimento da sua cultura.
Em meio ao concreto dos prédios no bairro Parangaba, em Fortaleza, uma horta abastece a confiança no grupo Mulheres da Itaoca - Farmácia Viva. Além de produzirem remédios artesanais, elas preservam a autoestima e a sabedoria popular por meio das plantas.
Após descobrir que os cavalos-marinhos só se reproduzem em águas limpas, a comunidade de Mangue Seco, em Jericoacoara, passou a preservar o habitat natural da espécie, afinal, é este santuário ecológico que garante o sustento de sete famílias.
Em Potiretama, atitudes conscientes vêm, igualmente, alimentando a crença de 56 famílias na localidade de Caatingueirinha. Uma delas é o banco de sementes. Em paralelo, 35 jovens desenvolvem trabalho de reciclagem. Nos dois projetos, os envolvidos devolvem à terra os benefícios por ela ofertados.
Os exemplos citamos estão reunidos neste DOC sobre práticas sustentáveis no Ceará. O assunto prossegue na próxima superedição do Diário do Nordeste (sábado e domingo, 18 e 19 de junho), com mais quatro comunidades que têm, nas próprias mãos, a esperança de um futuro mais promissor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário