terça-feira, 12 de julho de 2016

Deputados do CE avaliam nomes

Para Domingos Neto (PSD), eventual vitória de Rosso trará estabilidade para Casa ( Foto: Érika Fonseca )
A escolha do novo presidente da Câmara expõe a fragmentação política enfrentada pela Casa, após o afastamento (e posterior renúncia) de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando dela.
Com tantos nomes lançados, deputados cearenses ouvidos pelo Diário do Nordeste avaliam que levará vantagem o candidato que acenar com uma plataforma de estabilização institucional e resgate de parte da credibilidade perdida pela Câmara com a crise política e com as denúncias que atingiram parcela significativa dos parlamentares, no contexto da "Lava-Jato".
Correligionário de Rogério Rosso (PSD-DF), um dos favoritos na disputa, Domingos Neto afirma que seu partido "está trabalhando para que ele tente ser um candidato comprometido com a estabilidade e que busque diálogo com o maior número de partidos na Câmara".
Já o deputado Danilo Forte, presidente estadual do PSB, participou ontem de reunião com outras lideranças socialistas para definir como o partido vai atuar, tanto na disputa do primeiro turno, como na do segundo turno. A sigla tem um nome confirmado, o piauiense Heráclito Fortes e outro que, apesar de bem cotado em um primeiro momento, perdeu apoio e pode desistir da candidatura, o mineiro Júlio Delgado. "Deve ser um nome que tenha identidade com o Executivo e o respeito do conjunto do Plenário", disse.
Esquerda dividida
Por sua vez, os deputados dos partidos de esquerda estão divididos quanto à disputa. PT, PC do B e PDT, o núcleo central da base aliada da presidente afastada Dilma Rousseff, não chegaram a um consenso.
Segundo o deputado federal José Guimarães (PT), a intenção de seu partido é apoiar um nome "que possa unificar o campo da esquerda, PT, PDT e PC do B, em torno dele. A partir dessa ideia vamos apoiar um nome que seja uma espécie de anti-Cunha".
O partido deve apoiar Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro da Saúde do governo Dilma, após reunião que rejeitou o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Por sua vez, o deputado André Figueiredo negou intenção de definir o apoio de seu partido em conjunto com o PT. "O PDT vai definir isso por sua bancada", disse acrescentando que o nome cotado com mais força entre os pedetistas é o de Castro.
Acordo para 2017
Já o PSDB realizou uma reunião ontem à noite com os seus 56 deputados para definir como deve se posicionar na eleição do novo presidente da Câmara. O partido deve apoiar Maia.
Ele explicou que a legenda não deve lançar candidatura porque pretende estabelecer um acordo com o PMDB de Temer acerca da eleição para a presidência da Casa no próximo ano.
"Essa escolha será muito importante porque o presidente da Câmara, caso se confirme em definitivo o afastamento da presidente Dilma Rousseff, será o vice-presidente da República".

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