quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Embalagens de agrotóxicos são recolhidas no Centro-Sul

Iguatu. Um ano após recolher embalagens vazias de agrotóxico no Interior do Estado, a ação voltou a ser realizada em Barbalha, Iguatu e Acopiara. O recebimento itinerante é feito pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) em parceria com a Agência de Defesa Agropecuário do Ceará (Adagri) e secretarias municipais de Agricultura.
A quantidade de embalagens recolhidas foi menor do que em 2015. "Houve divulgação, mas a gente observa que, com o avanço da estiagem, que chegou ao quinto ano seguido, ocorreu uma diminuição das atividades agrícolas, redução das áreas de cultivo", frisou o supervisor regional da Adagri, em Iguatu, Francisco Oscarito Ramos.
A ação de recolhimento integra a logística reversa das embalagens de agrotóxicos, conforme determinação de legislação federal. O esforço é para dar um destino ambiental correto. O trabalho é feito anualmente. Em 2015, conforme relatório do Inpev, foram recolhidas, no Ceará, cerca de 20 toneladas.
Em Iguatu, o recolhimento foi feito na sede antiga da Secretaria de Agricultura do Município. "O correto seria que os vendedores recolhessem as embalagens, mas isso não ocorre, apesar de previsão legal", frisou Oscarito Ramos. Na cidade de Acopiara, ocorreu no prédio da antiga estação ferroviária.
As embalagens recolhidas são encaminhadas para a Associação do Comércio Agropecuário da Ibiapaba, em Ubajara. Lá são processadas (compactadas para reciclagem ou incineradas). A entidade tem uma expectativa de receber cerca de 100 toneladas por ano.
Os produtores rurais recebem orientação da Adagri sobre o destino correto das embalagens. Neste ano, circulou boato de que o agricultor seria multado quando entregasse a embalagem. "Isso pode ter contribuído também para a redução na quantidade de embalagens, mas esclarecemos que não iríamos aplicar nenhum tipo de sanção", frisou Oscarito.
Sobre o uso de agrotóxicos e armazenamento das embalagens, Oscarito Ramos avalia que a prática na maioria das propriedades rurais é inadequada. "No campo, a situação é precária. Os produtores estão sem a devida assistência técnica", frisou.
A reutilização das embalagens é irregular e coloca a saúde das famílias dos agricultores em risco.

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