O estudante de Direito Ivo Santos Jucá, 27, se apresentou à Polícia na última terça-feira (25) para confessar o assassinato e a ocultação do cadáver do porteiro Roberto de Sousa Ribeiro, 31, que trabalhava em um condomínio de classe média do Bairro de Fátima, em Fortaleza, onde o acusado morava.
O crime aconteceu há mais de duas semanas, entre a noite do dia 10 e a manhã de 11 de outubro. Naquela segunda-feira, Roberto Ribeiro saiu de casa à noite para ir trabalhar no condomínio, como fazia todos os dias há duas semanas - era novo no emprego. Entretanto, o porteiro não voltou para casa na manhã da terça. A família estranhou e começou a procurar por ele.
O corpo do homem foi encontrado apenas três dias depois, na sexta-feira (14), na localidade de Cafundó, Distrito de Buenos Aires, município de Palmácia, a 70Km de distância do condomínio onde ele trabalhava, na Capital. Roberto foi morto com tiros nas costas, no tórax e na cabeça, segundo um parente que preferiu não se identificar.
Crianças que estavam brincando no terreno teriam encontrado o cadáver, já em decomposição. Policiais militares e civis estiveram no local, mas a investigação do crime foi transferida para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Motivação
Segundo uma fonte da Polícia Civil, o estudante Ivo Jucá tinha armas de fogo registradas como colecionador e desconfiou que o porteiro Roberto Ribeiro poderia ter furtado um revólver do seu apartamento.
Motivado pela suspeita, Ivo começou a ameaçar verbalmente Roberto. Na madrugada do dia 11 de outubro, o estudante teria agredido o porteiro e o colocado à força em um veículo. O familiar da vítima conta que a última visualização do homem no aplicativo WhatsApp foi 0h38 daquele dia. Depois, ele não respondeu mais à família.
O parente afirma que não era da índole de Roberto cometer furtos, como Ivo suspeitava. "O Roberto nunca foi disso. Ele era trabalhador, pai de família e religioso. Essa versão é mentirosa, não há motivo dele ter cometido esse crime terrível", contou o familiar indignado com a versão apresentada pelo acusado.
Inspetores da DHPP conduziram a investigação de forma sigilosa e, em menos de 15 dias, elucidaram o caso e chegaram ao nome do estudante de Direito como o autor do crime. Na última terça-feira (25), ele se apresentou na sede da Divisão e confessou ter matado e ocultado o corpo do porteiro.
Roberto Ribeiro era casado e tinha três filhas de 3, 5 e 7 anos. "O nosso sentimento é de dor, tristeza, angústia, revolta e de injustiça. Agora só queremos que haja justiça e que esse criminoso seja preso", completou o parente da vítima.
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