segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Irmãos Ferreira Gomes comemoram vitória


Sobral. Depois de intensa disputa, a influência da família Ferreira Gomes, neste importante Município do Norte do Ceará, prevaleceu, com a vitória de Ivo Gomes (PDT). Ele superou a concorrência contra Moses Rodrigues (PMDB), principal adversário, conquistando mais da metade do total dos votos válidos. Embora as pesquisas eleitorais indicassem empate técnico entre os candidatos, do total, 51,44% foram para candidato eleito, enquanto o segundo colocado teve 40,16%. Os outros candidatos que tentavam a vaga foram Dr. Guimarães (PSDB), que teve 7,92%; e Josy Vasconcelos (PSol), que obteve 0,48%.
Sobral é o quinto maior colégio eleitoral do Ceará, com 131.395 eleitores. Destes, 57.098 dedicaram os votos a Ivo Gomes. A festa da vitória reuniu milhares de eleitores na praça do Arco de Nossa Senhora de Fátima, no Centro de Sobral, onde também está localizado o comitê político do candidato. Ao comparecer à festa, o próximo prefeito do município atribuiu a vitória ao apoio da população sobralense.
"Atribuo a vitória à grandeza do povo de Sobral. Sobral é uma cidade progressista, diferente das outras, porque é uma cidade com forte tradição de política, de votar bem e escolher sempre o que é melhor para ela", disse.
O prefeito eleito afirmou, ainda, que uma de suas preocupações é unificar a cidade depois da intensa campanha política, marcada por diversas acusações entre os candidatos e tensões entre os militantes. "O povo de Sobral pode esperar muito trabalho, dedicação e intransigência com valores como incompetência, corrupção, inoperância e falta de respeito ao povo. Eu vou me preocupar muito em unir Sobral. A cidade sai relativamente dividida destas eleições. Vou deixar claro para Sobral que eu sou o prefeito de todos os sobralenses a partir de hoje", pontou.
Apoios
Ivo Gomes dá continuidade à tradição política que os Ferreira Gomes exercem em Sobral, estando no poder, ou apoiando os eleitos dos últimos 20 anos. No momento em que votou, por volta das 9h30, no Colégio Farias Brito Sobralense, Ivo estava acompanhado do irmão, Ciro Gomes, ex-governador do Estado. Mais tarde, acompanhou, no mesmo local, o outro irmão, Cid Gomes, também ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Sobral. Quem também compareceu para apoiar Ivo foi o atual governador, Camilo Santana e a vice-governadora, Izolda Cela, esposa do atual prefeito de Sobral, Veveu Arruda.
Apesar dos apoios, ainda pela manhã, Ivo mostrava-se cauteloso quanto aos resultados. "A pesquisa verdadeira é a de hoje", declarou. Após a vitória, quando questionado a respeito da atitude, afirmou que, apesar de saber estar na frente, manteve a humildade durante a campanha. "Eu passei a campanha toda cauteloso, você não me viu contando vitória antes da hora em nem um minuto, mesmo com as pesquisas dos meios de comunicação e as nossas próprias internas já indicando que a gente ganharia a eleição. Mas a gente fez uma campanha pé-no-chão, tranquila, propositiva, com o nosso espírito de humildade, que sempre caracterizou a nossa vida pública em Sobral. Reconheceram rapidamente quem representava o melhor projeto", declarou.
O principal adversário de Ivo, Moses Rodrigues, também contou com apoiadores de peso, tais como os senadores Eunício Oliveira (PMDB) e, surpreendentemente, Tasso Jereissati (PSDB), que declarou suporte a Moses, mesmo tendo um candidato do seu próprio partido concorrendo ao pleito.
Tranquilidade
Apesar da disputa acirrada entre os dois candidatos, as tensões entre militantes durante o pleito foi minimizada. A cidade permaneceu tranquila e as seções eleitorais não tiveram problemas por conta da animosidade dos eleitores. Alguns dos locais de votação chegaram a ter bate-bocas entre eleitores de candidatos opostos, logo minimizados.
Durante o dia, a Polícia e os fiscais do Tribunal Regional Eleitoral visitaram diversos pontos da cidade, pedindo aos eleitores agrupados que se dispersassem. Eles esclareciam que era autorizado o uso de adesivos e camisetas, mas, para evitar conflitos, os eleitores deveriam retornar para casa depois de votar. Diziam que a aglomeração poderia ser classificada como boca de urna

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