Nesta quinta-feira, 24, a Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará, por meio do Grupo de Trabalho da Saúde, realiza mais uma inspeção nas unidades hospitalares da rede pública partindo para o interior do Estado para averiguar a situação do Hospital Regional de Iguatu, localizado na região Centro-Sul do Estado.
A atividade começa às 10h e visa inspecionar as dependências do Hospital e fazer entrevistas com médicos, pacientes, enfermeiros e demais colaboradores para conhecerem a rotina hospitalar e as demandas do local.
Esta atividade faz parte do Grupo de Trabalho da Saúde da Defensoria Pública do Ceará, criado em junho deste ano, que atua em força tarefa dos defensores preocupados com a crescente demanda nesta área, tanto na capital, como no interior. Dia 10 de novembro, o GT realizou a primeira visita no Hospital Geral de Fortaleza onde a comitiva verificou 97 pacientes sendo atendidos nos corredores. No último dia 18 de novembro, os defensores visitaram o Hospital Geral César Cals, também em Fortaleza, e diagnosticaram obras inacabadas que poderiam estar beneficiando em qualidade de atendimento centena de pacientes.
O aumento na Defensoria Pública das denúncias de pacientes, por todo o Estado, que não conseguem acessar seus direitos mais básico de acesso à saúde tem gerado a necessidade de os defensores irem conhecer de perto a realidade das unidade de saúde e provocar atividades judiciais e extrajudiciais com o Estado e municípios. Todas as informações colhidas constarão em um relatório feito pelo GT e apresentado em uma audiência pública sobre a temática prevista para acontecer ao final das inspeções.
“Queremos entender porque hospitais regionais não estão atendendo a contento as pessoas, o que causa uma superlotação em unidades de atendimento na capital”, destacou a defensora pública supervisora do Núcleo de Defesa da Saúde da Defensoria Pública do Estado do Ceará, Silvana Matos Feitoza.
AGOSTO – A Defensoria Pública do Ceará já realizou em agosto uma inspeção no Hospital Regional de Iguatu, após denúncias de falta de recursos para atendimento da população. “Na época, constatou-se que os leitos de terapia semi-intensiva funcionavam de maneira bastante precária, com falta de medicamentos e de profissionais especialistas, o que conduziu a óbito várias pacientes. Ademais, o setor de traumatologia do Hospital estava congestionado, com um só médico realizando cirurgias duas vezes nas semanas e pacientes que chegam a esperar seis meses por atendimento”, relatou a defensora pública Lara Teles. A proposta é retornar ao local e ver quais providências foram tomadas com base nos expedientes realizados à época e, na hipótese de inefetividade da resolução extrajudicial, ações civis públicas serão propostas em benefício da saúde da população da região.
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