As eleições municipais encerradas no último domingo de outubro, após votação do segundo turno, alteraram não apenas a composição das câmaras de vereadores, mas também as bancadas em esfera federal. Com a eleição do deputado federal Moroni Torgan (DEM) como vice-prefeito de Fortaleza na chapa de Roberto Cláudio (PDT), o vereador Vaidon Oliveira (PMDB) vive a expectativa de assumir a vaga que pode ser aberta na Câmara Federal, uma vez que está na condição de suplente.
Segundo disse o próprio Vaidon ao Diário do Nordeste, ele já estuda a possibilidade de sair dos quadros do PMDB, onde está desde o mês de março deste ano. "O departamento jurídico está analisando a possibilidade de eu me filiar ao DEM. Se ficar claro que não teremos problemas com a troca de partido, farei, pois o DEM tem interesse que eu faça parte de seus filiados", contou, apontando que sua ida para o novo partido faria parte de acordo estabelecido com os quadros do DEM.
Conversas
O peemedebista confessou que se reuniu por duas vezes com Moroni Torgan, preparando o que poderia ser sua entrada na Câmara Federal no cargo ao qual não foi eleito, em 2014, quando obteve apenas 9.445 votos, na chapa composta pelo seu partido à época, o PSDC, além do DEM, PPS e PTN.
"Tive uma conversa diretamente com Moroni, o prefeito Roberto Cláudio e o deputado (estadual) Roberto Mesquita, antes da eleição. E já durante a campanha sentei novamente com ele (Moroni)", detalhou.
Vaidon afirma que as informações que circulam apontando que Moroni Torgan não abrirá mão de seu mandato na Câmara Federal para atuar na condição de vice-prefeito seriam apenas especulação. Ressalte-se que o deputado federal não é obrigado a abdicar do cargo em Brasília, posto que o cargo em Fortaleza é considerado de expectativa, não tendo atuação direta como o de prefeito, vereador e deputado.
"Essa conversa que (Moroni) não vai deixar Brasília para ser vice-prefeito não é verdade. Ele não tem esse caráter e não faria esse tipo de coisa", rebate Oliveira. "Quem conhece a sua história, sabe que ele nem na hora de pedir votos promete alguma coisa. Primeiro trabalha. Nessa campanha, Moroni se comprometeu a vir contribuir com a administração, principalmente no que se refere à segurança, e não tenho dúvida que virá", completou.
O vereador assegurou, ainda, que o deputado federal teria deixado claro que assim agiria caso conseguisse o êxito nas urnas durante os dois turnos. "Ele deixou claro que vai abrir mão de Brasília. Disse isso para mim e para Fortaleza inteira".
Adaptação
Diante da certeza de que deve assumir um dos 513 gabinetes da Câmara dos Deputados a partir do ano que vem, Vaidon Oliveira diz que já se prepara para enfrentar o ambiente novo, diferente da experiência adquirida no legislativo municipal. "Aqui na Câmara (Municipal) também já vivi isso. Primeiro vou analisar o espaço e depois ver como posso fazer para contribuir com o nosso Estado", argumentou.
Como não concorreu à reeleição neste ano, seu mandato de vereador encerra no dia 31 de dezembro próximo. Nestas eleições, Vaidon investiu na candidatura do filho, Alysson Vaidon, do PSD, para tentar sucedê-lo na Casa Legislativa. No entanto, com pouco mais de três mil votos, Alysson não obteve sucesso na disputa e ficou na suplência.
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