sábado, 26 de novembro de 2016

Grupo ainda luta para impedir o fim da usina

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Quixadá. Nesta semana, uma comitiva que tenta negociar o fechamento da usina, entregou à Ordem dos Advogados do Brasil Secção Ceará (OAB-CE) uma denúncia contra a decisão, numa tentativa de impedir a continuidade do processo já iniciado. Entre os integrantes do grupo estava o deputado federal, Odorico Monteiro, o presidente da Comissão de Direito Ambiental, André Chaves, e o presidente da Comissão de Matrizes Energéticas, Newton Assunção.
O documento entregue à OAB-CE ressalta que a Petrobras "anunciou, de forma unilateral o fechamento da Usina de Biodiesel localizada em Quixadá, o que causou uma forte mobilização da comunidade, depois de todos terem sido pegos de surpresa com a decisão".
Segundo a OAB-CE, os representantes requereram apoio da Ordem contra a medida. Eles avaliam que a decisão irá gerar consequências socioeconômico negativas para comerciantes, fornecedores e rede hoteleira, que instalaram-se na região após a chegada da Usina.
Esta não é a primeira tentativa em impedir o fechamento. O governo do Ceará esteve reunido no início do mês com diretores da empresa, quando propôs reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas a negociação terminou sem sucesso.
A decisão em fechar a unidade de Quixadá da Petrobras Biocombustível (Pbio) foi comunicada pela estatal no início de outubro. Em nota, a Petrobras disse que a "iniciativa está alinhada ao processo de saída da produção de biocombustíveis". Todo o processo deve ser concluído até março. O quadro de funcionários da usina já foi reduzido e a produção foi suspensa. O que resta saber, agora, é o que será feito com toda a estrutura erguida às margens da BR-122, que dá acesso a Quixadá.
A dúvida ainda persiste entre moradores de Juatama e por quem passa pelo lugar. Até cerca de um mês ninguém sabia informar o que seria feito da usina. Funcionários de carreira que ainda trabalham por lá desconhecem o destino que será dado aos equipamentos. Motoristas afirmam que durante a noite, o local fica ainda mais deserto. A entrada ao pátio onde os caminhões são estacionados é praticamente livre. Com isso, há um receio que o local se torne um ponto de uso ou tráfico de drogas.
As obras para erguer a usina em Quixadá custaram cerca de R$ 76 mi. Procurada pela Reportagem, a Petrobras não informou o que pretende fazer com a unidade de Quixadá.

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