Iguatu. O Ceará quer permanecer como Zona Livre de Aftosa com vacinação, mas para manter esse status é preciso atingir a meta de imunização definida pelo Ministério da Saúde, que é de 80%. A segunda etapa da campanha estadual ocorre ao longo deste mês de novembro. Na primeira quinzena, os índices oficiais apontavam para uma baixa adesão dos criadores, apenas 16%.
Prazo
A campanha termina no próximo dia 30, prazo para aquisição da vacina nas lojas especializadas. "Para esse período do ano é normal, embora esteja baixo, mas os criadores têm até quinze dias para encaminhar a notificação de vacina aos escritórios da Ematerce ou da Adagri. É provável que o índice já seja maior, mas ainda não aparece na estatística oficial", explicou o coordenador do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, Joaquim Sampaio.
Sampaio observou que os técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) estão em campo mobilizando os produtores rurais para a vacinação do rebanho. "Sabemos das dificuldades por causa da seca, mas os criadores estão conscientes da necessidade de adesão à campanha para evitar punições", disse.
Sanções
Quem não vacinar o rebanho será identificado pelo sistema da Adagri e receberá a visita de um fiscal estadual agropecuário, que fará a autuação e aplicará a multa, correspondente a R$ 19, por animal não vacinado. Somente mediante esse pagamento os criadores receberão autorização para compra da vacina. Além disso, há o impedimento para obtenção da Guia de Trânsito Animal (GTA).
Meta
A vacinação é necessária para que o Ceará permaneça como zona livre de aftosa com vacinação. Esse status e o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foram obtidos em maio de 2014. Nessa posição, o Ceará pode negociar carne bovina e derivados com unidades federativas e com outros países.
Mediante a reduzida adesão, o presidente da Adagri, Augusto Júnior, convocou os produtores a vacinarem seus rebanhos. "A gente pede mais uma vez dos produtores rurais, criadores de bovinos e bubalinos que adquiram a vacina a fim de não termos contratempo, já que a não vacinação gera uma série de prejuízos, não só para o Estado, mas para o produtor. A sua propriedade fica interditada, ele vai ter que pagar multa", disse. Ele observou que vacinar o rebanho também deixa a fronteira do Ceará aberta para comercialização.
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