Granja. Há cerca de um mês, o comerciante Jonas de Oliveira e a família dele têm sido beneficiados com um tipo de energia que jamais imaginavam usar em casa. Eles são moradores de Ibuguaçu, distrito com cerca de seis mil habitantes, distante sete quilômetros da sede do município de Granja, na região Norte do Estado. O comerciante viu na energia solar, a saída para economizar os cerca de 20 litros de óleo diesel gastos semanalmente para manter, por meio de um motor, a iluminação da casa.
A realidade na qual o comerciante viveu há até pouco tempo começou a mudar com a instalação de um kit residencial com um painel solar, baterias, um medidor de consumo e um conversor de energia. "A energia solar mudou radicalmente nossos hábitos em casa. Só falta receber a conta de energia para saber o quanto de economia ainda poderemos ter ao longo do mês. Alguns moradores até chegaram a usar a luz da lamparina por falta de energia", disse. Os outros municípios a serem atendidos com a alternativa são Martinópole, Poranga, Santa Quitéria, Itarema, Ipu, Caridade, Canindé, Crateús e Independência.
Com o objetivo de dar acesso à energia de qualidade às muitas famílias da zona rural no Norte do Estado, levando-se em consideração a economia no consumo, a Enel Distribuição Ceará, empresa de distribuição e geração de energia elétrica com atuação em todo o Estado iniciou uma nova etapa dentro da universalização do uso de energia com o Projeto Energia Solar, que vai proporcionar energia elétrica, por meio de painéis solares a 73 famílias de baixa renda na região, distribuídas nos dez municípios listados.
Investimento
O projeto, que já instalou kits em 18 residências de Granja e Martinópole, conta com investimentos de cerca de R$ 2,2 mi. Os kits têm capacidade de geração de até 80 kWh, por mês, para cada residência. O custo de instalação gira em torno de R$ 30 mil por unidade consumidora. "Essas famílias são remanescentes do Luz para Todos, iniciado no Estado em 2004, que universalizou, desde 2010, a rede elétrica no Ceará. São moradoras de locais isolados, de difícil acesso, onde a instalação de energia convencional, por meio de postes, era inviável economicamente; por isso, não foram atendidos naquele momento. Agora têm essa alternativa", disse Segundo Socorro Pontes, responsável, na Enel, pelas obras e projetos de baixa tensão no Ceará.
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