Faltando praticamente um mês para começar o Campeonato Cearense, não existe nenhum estádio do futebol local que esteja já pronto para receber as partidas programadas para 2017.
Dos estádios modernos e grandes, como a Arena Castelão, aos mais simples, nenhum deles está apto, no momento, para que os jogos sejam realizados.
Dos oito estádios relacionados para que sejam realizadas as partidas, todos têm uma pendência qualquer nos laudos. Ora um estádio tem a liberação dos bombeiros, ora outro não tem a documentação da Polícia Militar ou CREA-CE, por exemplo.
Basicamente, os estádios de futebol precisam de quatro laudos principais para serem declarados como aptos para receberem público nas partidas: laudo de vigilância sanitária; Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e CREA/CE, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará. A maioria dos estádios locais não está com problemas de engenharia, entretanto, outros pré-requisitos não são atendidos em outras áreas, os que os mantém fechados.
Prazo dos laudos
De acordo com o diretor de patrimônio e gestão de estádios da FCF, Federação Cearense de Futebol, Josimar de Carvalho, os laudos valem por um ano e os de engenharia, valem por dois. Ele informou que a FCF, com três meses de antecedência, já vistoriou todos os estádios listados para os jogos e fez as recomendações necessárias, de acordo com relatórios dos membros da comissão de vistoria.
Nessas visitas, foram designadas ações para que as diversas administrações do estádio ou Prefeituras, no caso dos que ficam no interior do Estado, fizessem as melhorias exigidas conforme a lei.
Além dos laudos já citados, os estádios têm que atender a novas exigências contidas na portaria 290/2015 do Ministério do Esporte, que trata diretamente das condições dos estádios para as partidas de futebol.
A citada portaria determina quatro intervenções que entravam a liberação dos mesmos. Até mesmo um estádio como o Presidente Vargas, reformado recentemente, está enfrentando dificuldades para atender aos itens solicitados. Assim é que a portaria exige corrimões nas arquibancadas, numeração dos assentos, setorização e sonorização. A sonorização cobra a existência de um sistema de som que possa auxiliar os presentes, em caso de acidentes.
O secretário de esportes da Secel, Secretaria de Esportes do Município, Márcio Lopes, disse que a portaria é muito exigente e não leva em consideração as limitações do serviço público, que para realizar as intervenções solicitadas, precisa de licenciamento das obras a serem feitas. "Temos 20 mil assentos para numerar e isso não se faz da noite para o dia. As demais melhorias já estão entregues à Secretaria de Infra-Estrutura", disse ele. Josimar de Carvalho disse que não há motivo para preocupação, porque os estádios estarão aptos no tempo certo. "Tivemos um ano atípico de mudança de Prefeitos e secretários de esporte.
Isso atrapalha um pouco. Outro problema é que a portaria, como que nivela os estádios pequenos a nível de arenas, mas vamos conseguir", almejou ele.
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