sábado, 3 de dezembro de 2016

São Francisco é o Plano A para atender o Semiárido

Fortaleza. Obras estratégicas são apontadas tanto por gestores públicos quanto por especialistas em recursos hídricos como fundamentais para a convivência com o ciclo de secas no Semiárido. O projeto de Transposição das Águas do Rio São Francisco, que passa por mais um atraso na sua conclusão, deve agravar a oferta tanto no Interior quanto na Capital.
Essa é a análise do titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, ao sugerir como medidas complementares para suprir as necessidades básicas dos cearenses a dessalinização da água do mar e o reúso.
Para o engenheiro e ex-secretário de Recursos Hídricos do Estado, Hipérydes Macedo, as águas da transposição são a melhor alternativa para enfrentar os ciclos da seca. "Em outras palavras é o nosso Plano A. Sem ele, outras medidas a serem adotadas são de alto custo ou de efeito paliativo, disse, ao avaliar prováveis investimentos na dessalinização da água do mar.
Esperança
Para Hipérydes, o quadro menos desalentador é que haja uma quadra chuvosa, até porque, ao contrário das águas do São Francisco que beneficiam, especificamente, a bacia do Salgado, tem um caráter mais democrático na distribuição hídrica.
O engenheiro chama a atenção para o fato de que o Ceará mantém uma boa logística de captação de água, quer pelas obras estratégicas, em que se destacam os açudes Castanhão e Orós, quer pelas médias barragens, com maior de distribuição geográfica.
Com relação aos pequenos açudes, Macedo lamenta que um número bem expressivo seja pertencente a particulares, apesar de terem sido construídos com dinheiro público. Ele estima que, somente no Ceará, há cerca de oito mil reservatórios nesta situação. "Um grande impulso para a democratização da água se deu por ocasião do governo de Ciro Gomes, quando era o secretário de Recursos Hídricos", relembra o engenheiro.

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