segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Figueiredo tenta vencer favorito Rodrigo Maia

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Parlamentar exerce também a presidência do PDT Ceará, ocupando, ainda, a primeira vice-presidência nacional do PDT ( Foto: Agência Câmara )
Pode sair do Ceará o próximo presidente da Câmara dos Deputados. André Figueiredo (PDT) deve disputar o posto com Jovair Arantes (PTB-GO), Júlio Delgado (PSB-MG) e o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), favorito à reeleição.
Figueiredo, nascido em Fortaleza em 1966, é advogado, economista e empresário. É filiado ao PDT desde 1984. Foi ministro das Comunicações do governo Dilma Rousseff (PT), de outubro de 2015 a maio de 2016. Fundou e foi o primeiro presidente da Juventude Socialista do Ceará. Ele também presidiu o Sindicato dos Economistas do Ceará em 1991 e, três anos depois, em 1994, tornou-se subsecretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Ceará.
Atualmente, Figueiredo exerce o mandato de deputado federal e é o presidente do PDT-CE, ocupando também a 1ª vice-presidência nacional do PDT.
Pleito
Às 9 horas da próxima quinta-feira (2), terá início a eleição para a Mesa Diretora da Câmara. São 11 cargos a ser preenchidos.
O pleito acontece quase nove meses após o último presidente da Casa eleito, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ser afastado do cargo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Rodrigo Maia assumiu e deu continuidade ao "mandato tampão", o que segundo os adversários políticos, o impossibilitaria de tentar a recondução ao cargo. Apesar das ameaças de guerra judicial, o deputado fluminense não desistiu da candidatura.
A Mesa Diretora que será eleita comandará os trabalhos da Câmara dos Deputados entre 2017 e 2019. Serão um presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno.
A votação é secreta e realizada em cabines eletrônicas.
Blocos
Quem coordena o andamento das eleições são os componentes da Mesa anterior, desde que não sejam candidatos. Antes, no dia 1º, os partidos formarão blocos parlamentares. Conforme os tamanhos desses blocos, eles escolherão, do maior para o menor, quais vagas que querem ocupar, para então haver o apontamento das candidaturas.
Para o cargo de presidente o candidato pode ser de qualquer bancada na Câmara.
Entrevista
Quais as suas propostas para o caso de ser eleito?
Pretendemos trabalhar no resgate da credibilidade do Poder Legislativo. Hoje ele, infelizmente, para a população brasileira, não desfruta de respeito, credibilidade, por conta de um passado recente, do plenário ter se transformado em picadeiro. Temos de ter a dimensão da magnitude de nosso mandatos, precisamos de uma presidência da Câmara que resgate o respeito. Não votando no meio da madrugada temas que têm repercussão para essa e futuras gerações, mantendo aberta (a Casa) para a população.
Como pretende fazer oposição ao governo Temer?
Enquanto membro do PDT, eu sou oposição ao governo. Enquanto presidente da Câmara, não me cabe ser presidente da base do governo ou oposição, cabe ser presidente da Câmara, um poder independente, e ter uma relação respeitosa, mas que demonstre a independência, a altivez do Poder Legislativo; que não seja um chantagista, como recentemente aconteceu com o ex-presidente Eduardo Cunha, nem subserviente, como é Maia, onde a pauta é determinada pelo Executivo.
O que pensa em fazer para obter recursos para o Ceará?
A Presidência da Câmara tem uma força política grande. Pretendemos, não apenas no período de campanha, mas no decorrer do ano, construir uma ação da bancada do Ceará e Nordeste fortes para termos os recursos que são indispensáveis, para que possamos ter ações relacionadas ao convívio com a seca.
Quais são suas aspirações políticas?
Sou deputado federal, tenho muito orgulho de, a cada eleição, ter um número maior de cearenses que acreditam no nosso mandato, honrado por ser escolhido para exercer o cargo de ministro. A minha aspiração em 2018 é ser candidato a deputado.

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