A obra compõe o Aproveitamento do Aquífero do Pecém foi desenvolvida pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) e custou aos cofres públicos o valor total de R$ 6.516.499,04
Durante a solenidade de inauguração, realizada às margens das novas estações de bombeamento, Camilo Santana enfatizou o empenho do Governo do
"A ideia é que a gente possa diminuir o consumo que vem do Castanhão aqui para a região do Complexo Portuário do Pecém. Essa ação de hoje representa mais ou menos entre 20% e 30% do consumo do complexo, por isso é muito importante. A prioridade do Estado é a garantia do abastecimento humano da população cearense. Vamos ter sempre desafios e problemas a serem enfrentados. Mas estamos sempre monitorando, com toda a equipe e apoio do Governo do Estado para encontrar alternativas", disse o governador.
Nos 38 poços, a água é reunida em duas Estações de Bombeamento (EB). Dessas EBs, são aduzidas ao Reservatório Apoiado do Pecém (RAP), de onde seguem para alimentar os consumidores finais.
Hoje, de acordo com estudo da Cogerh, no Ceará, 67,29% das águas são utilizadas para o abastecimento humano e 7,02% são dedicados ao setor industrial. O restante se divide em irrigação (20,8%), carcinicultura (3,84%), piscicultura (0,36%) e demais usos (0,69%).
"Essa intervenção é algo inovador no Brasil. Estamos integrando as águas superficiais. Alguns países já fazem isso e acredito que o Ceará está sendo inovador nesta ação. A obra vai aliviar o sistema do Pacoti, Riachão e Gavião, assim como o Castanhão, por isso é fundamental. É uma obra estruturante para a Região Metropolitana e parte importante do compromisso assumido pelo governador Camilo Santana com o Plano de Segurança Hídrica", expôs o presidente da Cogerh, João Lúcio de Farias.
Sobre o Plano
Elaborado em 2015, o Plano de Segurança Hídrica do Governo do Ceará reúne ações, em parceria com a Cagece, Cogerh e Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), com apoio da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) e Secretaria das Cidades (SCidades), que têm como objetivo reduzir em 20% o consumo de água, com investimentos previstos em R$ 72,1 milhões.
As ações são: o reforço no combate às perdas de água (fraudes e vazamentos); a perfuração de novos poços e manutenção dos já existentes em áreas críticas de abastecimento e em equipamentos públicos (saúde, educação e segurança); a perfuração de poços no Pecém; o aproveitamento do sistema hídrico do Cauípe; o aproveitamento do açude Maranguapinho; o reúso das águas de lavagem dos filtros da Estação de Tratamento de Água do Gavião; a captação pressurizada de água no açude Gavião; o reforço no abastecimento de Aquiraz com implantação de adutora de água tratada; a revisão da meta da Tarifa de Contingência (aumento da meta de economia de água pela população de 10% para 20%); a redução da oferta de água em 20% para indústrias da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF); e o plano de Comunicação.
"Desde que assumimos o Governo em 2015, criamos um grupo permanente para monitorar e avaliar a situação hídrica do Ceará. Já vínhamos há praticamente três anos de seca e fizemos um plano emergencial de médio a longo prazo, com a grande preocupação de conviver com a seca. Sei que é um fenômeno natural, não vai acabar, que vamos sempre ter que sempre aprender a lidar com ela. Com criatividade, tecnologia, pesquisa e inovação, nós vamos em busca de encontrar as melhores soluções", detalhou Camilo Santana.
Desenvolvimento em meio à seca
"O cearense amadureceu e despertou-se para esse ambiente de superar e encontrar soluções. A gente vislumbrava há cinco anos toda essa situação difícil, e de repente governo, iniciativa privada, cientistas, todos começaram a desenhar planos. Chegamos no final da temporada perversa para o Ceará e nem por isso deixamos de crescer. Então eu vejo que o período de seca despertou o surgimento de novas tecnologias que estão e vão ficar para as outras gerações", afirmou.
Para o secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, o legado deixado na atual gestão é o de evitar o sofrimento da população no período sem chuvas. Com estudos, pesquisas e ação em obras, segundo ele, os frutos serão colhidos nos próximos anos com um Estado semiárido capaz de administrar com competência as consequências da situação climática.
"Isso foi fruto de um trabalho técnico de equipes de vários órgãos. Secretaria, Cagece, Sohidra, que construiu os poços, Cogerh, responsável pelos estudos geofísicos, e a parte de engenharia especial. Todos fizeram o possível para que hoje tenhamos a garantia dos 200 litros por segundo, que não é algo trivial. Eu diria que, a continuar da forma que estamos trabalhando, tendo em vista que a seca meteorológica passe esse ano, temos que continuar neste estado de atenção e de alerta para evoluir no desenvolvimento de fontes alternativas", disse Teixeira.
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