Rio/São Paulo. A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 26, a redução do preço dos combustíveis a partir de amanhã, dia 27. O valor do diesel nas refinarias vai cair 5,1%, em média, e o da gasolina em 1,4%, também em média. A decisão é explicada principalmente pelo efeito da valorização do real desde a última revisão de preços, feita em 5 de janeiro, quando o preço do diesel subiu 6,1%, em média, mas o valor da gasolina não mudou.
A Petrobras também cita ajustes na competitividade da empresa no mercado interno e a redução dos preços dos derivados nos mercados internacionais.
A estatal estimou que, se o ajuste for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 2,6% ou cerca de R$ 0,08 por litro, em média, e a gasolina, 0,4% ou R$ 0,02 por litro, em média.
"A Petrobras reafirma sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade", disse. A nova política de preços da companhia foi anunciada em outubro de 2016, quando criou o Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp).
Fitch reafirma rating
A agência de classificação de risco Fitch reafirmou o rating em moeda estrangeira BB da Petrobras, com perspectiva negativa. Além disso, a agência também reafirmou o rating em moeda nacional AA+(bra), com perspectiva igualmente negativa.
A Fitch diz que o rating da petroleira continua a refletir sua ligação próxima com o rating soberano do Brasil, devido ao controle do governo sobre a companhia e sua importância estratégica para o País por sua posição dominante como fornecedora de combustíveis líquidos. A agência cita que, por lei, o governo federal precisa deter pelo menos a maioria das ações votantes da Petrobras. "O governo atualmente detém 60,5% dos direitos de voto da Petrobras, direta e indiretamente, e possui no geral uma fatia econômica de 46% na companhia", diz a agência.
A Fitch diz esperar que a Petrobras obtenha uma geração de fluxo livre de caixa neutra no médio prazo. Segundo a agência, uma maior redução da dívida da empresa dependerá do sucesso de seu programa de desinvestimento, o que a Fitch avalia como incerto e difícil de prever.
O cenário-base da Fitch é que a alavancagem da Petrobras, medida pela relação entre dívida total e Ebitda, fique entre 4x e 5x no médio prazo. Além disso, a agência prevê que a produção bruta da companhia aumente para aproximadamente 3,1 milhões de barris de petróleo equivalente por dia ao longo dos próximos dois ou três anos, ficando portanto relativamente estável.
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