Brasília/Contagem. O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o goleiro Bruno, que defendeu o Flamengo e foi condenado pelo assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um filho. O tribunal do júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, lhe aplicou uma pena de 22 anos e três meses, mas não houve confirmação ainda da condenação na segunda instância. O ex-jogador deixou a prisão na noite da última sexta-feira (24), acompanhado da mulher.
"A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória", decidiu o ministro.
Ao ser condenado na primeira instância, Bruno permaneceu preso em razão da gravidade dos delitos, do temor causado na sociedade e da necessidade de resguardar a paz social. A defesa recorreu, alegando que a prisão era uma antecipação da pena. Marco Aurélio concordou.
O ministro fez algumas ressalvas. O goleiro deve permanecer na residência indicada por ele à Justiça, atender os chamamentos judiciais, informar eventual mudança, e "adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade".
A modelo Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010, quando deixou um hotel no Rio e foi ao sítio do atleta, em Esmeraldas (MG), com o filho do casal. Ela teria sido estrangulada e o corpo, que nunca foi encontrado, esquartejado.
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