As precipitações para os meses de março, abril e maio devem continuar dentro da média histórica: a probabilidade é de 43% de precipitações dentro da normalidade – 3% a mais em relação à previsão anterior, lançada em janeiro. Ações de enfrentamento à seca serão intensificadas
A probabilidade de chuvas dentro da média histórica no Ceará é de 43% para os meses de março, abril e maio. O prognóstico, divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) na manhã desta terça-feira (21), também projeta 20% de chuvas acima da média e 37% abaixo da média.
O prognóstico de chuvas em torno da média para o próximo trimestre é mais favorável que os dados anteriores, divulgados em 18 de janeiro, que registravam a chance de 40% de precipitações para os meses de janeiro, fevereiro e março. Para as outras categorias, os índices eram de 30%.
Apesar da expectativa, ações de segurança hídrica devem permanecer, já que as cargas d’água nesses dois primeiros meses do ano ainda não são suficientes para atenuar o rastro dos cinco anos consecutivos de estiagem.
O presidente da Funceme, Eduardo Sávio, explicou que, mesmo que os índices estejam dentro da média histórica, não há certeza de que haverá aporte hídrico. “Quando a gente roda as simulações de vazão d’água, com base no prognóstico, a tendência é de o escoamento ficar abaixo da média. Isso não significa que teremos o aporte significativo para os reservatórios estratégicos, como o Castanhão, Orós e Banabuiú”, indica.
As chuvas acima da média para este mês de fevereiro, segundo o titular da Funceme, foram concentradas, o que se espera que ocorra ao longo dos próximos meses. “Chuvas concentradas significam que o solo não tem capacidade de absorver toda essa chuva, gerando escoamento superficial, que se transforma em aporte para os reservatórios. É melhor que continue chovendo abaixo ou na média, de forma concentrada, como está acontecendo, para alguns reservatórios continuarem vertendo. À medida em que os pequenos e médios reservatórios vão enchendo, a gente também espera que os grandes (reservatórios) comecem a receber um aporte significativo”, afirma.
O presidente da Funceme reforça, ainda, a preocupação com o aumento das probabilidades de surgimento do El Niño para 2018. “O aquecimento do (Oceano) Pacífico está se acelerando, está colocando o aquecimento mais centralizado na Linha do Equador. Isso provoca uma descida de ar sobre o Norte e Nordeste, que impede a elevação de vapor quente e úmido, ou seja, de formar nuvens e precipitações”, projeta.
Continuidade das ações
Presidente da Cogerh, João Lúcio Farias disse que é preciso esperar as chuvas dos meses de março e abril para haver uma melhor avaliação e planejamento. O gestor também afirma que o olhar dos órgãos de controle hídrico do Estado está voltado para o próximo ano, em decorrência do El Niño.
“Vamos continuar com o nível de alerta, fazendo o planejamento dos reservatórios e controlando a economia d’água. Novas instalações de adutoras de montagem rápida estão sendo programadas e mais perfurações de poços, já autorizadas pelo governador Camilo Santana, terão continuidade. Todas as ações necessárias serão intensificadas”, garante João Lúcio.
Com as últimas chuvas significativas, o aporte das 12 bacias hidrográficas e dos 153 açudes monitorados pela Cogerh passou de 6,29% para 6,4% da capacidade total – em volume, o recente percentual representa 1,19 bilhão de metros cúbicos (m³). A capacidade total dos reservatórios é de 18,64 bilhões de m³.
O prognóstico de chuvas em torno da média para o próximo trimestre é mais favorável que os dados anteriores, divulgados em 18 de janeiro, que registravam a chance de 40% de precipitações para os meses de janeiro, fevereiro e março. Para as outras categorias, os índices eram de 30%.
Apesar da expectativa, ações de segurança hídrica devem permanecer, já que as cargas d’água nesses dois primeiros meses do ano ainda não são suficientes para atenuar o rastro dos cinco anos consecutivos de estiagem.
O presidente da Funceme, Eduardo Sávio, explicou que, mesmo que os índices estejam dentro da média histórica, não há certeza de que haverá aporte hídrico. “Quando a gente roda as simulações de vazão d’água, com base no prognóstico, a tendência é de o escoamento ficar abaixo da média. Isso não significa que teremos o aporte significativo para os reservatórios estratégicos, como o Castanhão, Orós e Banabuiú”, indica.
As chuvas acima da média para este mês de fevereiro, segundo o titular da Funceme, foram concentradas, o que se espera que ocorra ao longo dos próximos meses. “Chuvas concentradas significam que o solo não tem capacidade de absorver toda essa chuva, gerando escoamento superficial, que se transforma em aporte para os reservatórios. É melhor que continue chovendo abaixo ou na média, de forma concentrada, como está acontecendo, para alguns reservatórios continuarem vertendo. À medida em que os pequenos e médios reservatórios vão enchendo, a gente também espera que os grandes (reservatórios) comecem a receber um aporte significativo”, afirma.
O presidente da Funceme reforça, ainda, a preocupação com o aumento das probabilidades de surgimento do El Niño para 2018. “O aquecimento do (Oceano) Pacífico está se acelerando, está colocando o aquecimento mais centralizado na Linha do Equador. Isso provoca uma descida de ar sobre o Norte e Nordeste, que impede a elevação de vapor quente e úmido, ou seja, de formar nuvens e precipitações”, projeta.
Continuidade das ações
Presidente da Cogerh, João Lúcio Farias disse que é preciso esperar as chuvas dos meses de março e abril para haver uma melhor avaliação e planejamento. O gestor também afirma que o olhar dos órgãos de controle hídrico do Estado está voltado para o próximo ano, em decorrência do El Niño.
“Vamos continuar com o nível de alerta, fazendo o planejamento dos reservatórios e controlando a economia d’água. Novas instalações de adutoras de montagem rápida estão sendo programadas e mais perfurações de poços, já autorizadas pelo governador Camilo Santana, terão continuidade. Todas as ações necessárias serão intensificadas”, garante João Lúcio.
Com as últimas chuvas significativas, o aporte das 12 bacias hidrográficas e dos 153 açudes monitorados pela Cogerh passou de 6,29% para 6,4% da capacidade total – em volume, o recente percentual representa 1,19 bilhão de metros cúbicos (m³). A capacidade total dos reservatórios é de 18,64 bilhões de m³.
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