Via Sacra interrompida, intercalada com as outras estações até que chegue o horário da procissão do Senhor Morto. É assim que os fiéis da cidade de Crato vivenciam o segundo dia do Tríduo Pascal, ou seja, a sexta- feira da paixão e morte de Jesus Cristo.
Pela manhã foram rezadas as onze primeiras estações, no percurso que foi da Catedral Nossa Senhora da Penha até o Seminário São José. A tarde, às 15h, na Igreja mãe da diocese, foi vivenciada a décima segunda estação com a celebração da paixão e morte de Jesus. Às 18h, no Seminário São José, a décima terceira estação recordou a decida de Cristo da cruz. Aqui teve inicio a procissão do Senhor Morto pelas ruas da cidade. Ao lado era carregada a imagem de Nossa Senhora recordando que ela esteve com o seu filho até o fim. Numerosa multidão acompanhou os últimos momentos da via dolorosa, rezando e cantando cânticos de esperança. O percurso da noite levou os fiéis de volta à Catedral, onde vivenciaram a décima quarta estação com o sepultamento de Jesus. “Adentrar a Catedral com as imagens, para nós esta simbolizando o sepultamento de Cristo que foi posto no tumulo escavado em uma rocha”, explicou o pároco, padre José Vicente.
De forma piedosa os fiéis seguiram em procissão até a Catedral. (Foto: Patrícia Silva)
Esta forma única de celebrar a via sacra e a procissão do Senhor morto propicia aos fiéis uma renovação da fé, onde Deus feito homem passou pelo sofrimento, pela morte, mas venceu no último dia. “Não concluímos aqui. A fé cristã não termina aqui. No credo a gente afirma que a gente crê na ressurreição da carne. Que a gente crê na vida eterna. É preciso passar pela morte, por isso continuemos o nosso peregrinar, continuemos a nossa caminhada em vista da ressurreição e celebremos a ressurreição desejando uma feliz páscoa aos irmãos e irmãs. Uma feliz vida, vida nova em Cristo que ressurge com a nossa ressurreição também”, disse dom Pastana.
Após a procissão as imagens de Jesus e Maria, inseridas na Catedral, foram veneradas pelos fiéis, no silêncio do túmulo, na esperança expressa pelas orações, no aguardo confiante do dia maior em que a pedra será removida do sepulcro e o corpo do Cristo, que ressuscitou, não estará mais lá.forte site da diocese do crato assessoria de impresa
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