quinta-feira, 20 de abril de 2017

De azarão a finalista

Após o jogo, os atletas foram comemorar junto com a torcida ( Foto: Thiago Gadelha )
00:00 · 20.04.2017 / atualizado às 01:18 por Ivan Bezerra - Repórter
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Seguindo à risca o que preceituava o regulamento, o Ferroviário precisava apenas do empate diante do Fortaleza, ontem à noite na Arena Castelão para avançar às finais do Campeonato Cearense de 2017. E conseguiu, novamente com um futebol disciplinado e tático até os 45 minutos regulamentares e os 5 adicionais dados pela arbitragem.
O placar de 0x0 frente ao Leão do Pici, poderoso diante dos humildes corais, fez justiça ao Ferrão, que não perdeu nenhum jogo contra o Tricolor do Pici no campeonato (2 a 2, 2 a0, 1a1 e 0a0).
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Para quem disputou a Série A do Cearense na vaga do Alto Santo e tinha objetivos ao menos de se manter na Primeira Divisão para o ano que vem, o Ferroviário chegou ao ápice de sua trajetória até o momento.
Entrou na semifinal do Cearense como simples azarão e acabou desbancando o Fortaleza, considerado o favorito pela maioria dos analistas.
O time orientado pelo técnico Vladimir de Jesus buscou seguir o regulamento, jogando fechado, com os dois atacantes, Mota e Maxuell, jogando atrás da linha da bola, centralizados e impedindo que os volantes do Fortaleza pudessem armar jogadas.
A estratégia do técnico do Leão, Marquinhos Santos, de repetir Éverton como meia, não surtiu efeito, visto que, o lateral do Ferroviário, Gustavo, passou a fazer uma marcação espelhada, pegando Éverton na saída.
Com isso, o Tricolor ficou improdutivo pelo setor. O primeiro tempo transcorreu com grande equilíbrio e disputas ríspidas entre os dois times. O Ferroviário procurou insistir nos chutes de longa distância, na expectativa de que o goleiro Matheus Inácio não tivesse a mesma perícia de Marcelo Boeck, que foi vetado para o jogo, por conta de dores no nervo ciático.
Segundo tempo
O segundo tempo transcorreu com as mesmas disputas violentas pela posse de bola e com princípio de brigas entre os jogadores. Aos 17 minutos, o zagueiro Moisés Lucas, que já tinha cartão amarelo, cometeu uma falta punível com cartão e foi expulso.
Mesmo com um homem a mais, tal como aconteceu em clássico passado contra o próprio Ferroviário, o Tricolor do Pici não conseguiu tirar proveito da superioridade numérica e o máximo de chance real que conseguiu foi um chute de Éverton, que Túlio salvou em cima da linha. O Ferrão agora espera o classificado do duelo entre Ceará e Guarani de Juazeiro.
Olho no jogo
Clima acirrado
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O jogo foi marcado por jogadas duras e um clima acirrado durante boa parte da primeira etapa. A todo momento, jogadores do Fortaleza e Ferroviário se estranhavam na partida. Para tentar segurar os ânimos, o árbitro aplicou um total de 10 cartões amarelos e um vermelho.
Baixo público
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O clima de terror e violência vivido na Capital durante todo o dia de ontem acabou afastando muitos torcedores da Arena Castelão. Com um público de apenas 10.326 torcedores, o número foi bem menor do que era esperado pelas diretorias de Fortaleza e Ferroviário.
Comandante da final
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O técnico Vladimir de Jesus deu continuidade ao trabalho iniciado, no começo da temporada pelo então treinador Marcelo Vilar e manteve o padrão da equipe, fazendo a coesão do grupo e mantendo o sistema tático que foi capaz de resistir, com méritos, o Fortaleza nos três jogos da semifinais.

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