quarta-feira, 19 de abril de 2017

Manifestantes fecham CE 347 em protesto contra a obra do Cinturão das Águas

Porteiras. Manifestantes interditaram na manhã desta terça-feira, dia 18, a CE-347, que liga os municípios de Porteiras a Brejo Santo, na região do Cariri. Cerca de 100 pessoas atearam fogo em pneus velhos e galhos de árvores, deixando as duas mãos da rodovia intransitáveis por 3 horas, nas proximidades do Sítio Muquém.
A principal reivindicação do grupo está relacionada aos constantes acidentes que estão ocorrendo naquele trecho da CE, “devido a areia das obras do Cinturão das Águas que invadiu a pista”, conforme relatou o agricultor Antônio Márcio Silvestre. Ele mora bem próximo do local onde, na última sexta-feira, um jovem de 24 anos morreu vítima de acidente de trânsito.
Luan Vieira Alves, que também residia no Sítio Muquém, teria capotado o carro na rodovia após perder o controle do veículo durante uma conversão. “O condutor vem na pista e quando dobra, já dá de cara com a pista cheia de areia. Está muito perigoso”, acrescenta Márcio. Luan Alves chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiu aos ferimentos. Ele trafegava sozinho, em um veículo Caravan de placas HWT – 1767 (inscrição de Brejo Santo-CE).
De acordo com o Cabo Tavares, do destacamento da Polícia Militar de Brejo Santo, o protesto foi encerrado após negociações com a polícia. “Estivemos no local, juntamente com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e negociamos a desobstrução da pista, que inciou por volta das 6h30”, disse. Os manifestantes portaram faixas e cartazes, pedindo melhor sinalização na via, além de reivindicarem “a imediata limpeza da CE”. Ainda segundo o militar, “o congestionamento não foi maior devido as várias estradas vicinais que cortam a rodovia estadual”.
Em contato com a Secretaria de Recursos Hídricos do Governo do Estado do Ceará, o Diário do Nordeste foi informado, através da assessoria de imprensa, que “a empresa responsável pelas obras já entrou em entendimento com os moradores da comunidade e a situação está contornada”.

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