segunda-feira, 1 de maio de 2017

Lira Nordestina terá exposição durante Reunião Regional da SBPC na URCA


A exposição “Expo Lira URCA”, uma realização da URCA e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Lira Nordestina, Proex, GeoPark Araripe e Memorial da Imagem e do Som do Cariri, apresenta a mais antiga gráfica de cordel do Brasil, a Lira Nordestina. A mostra, de acordo com o Curador, Jackson Bantim, permite observar a história da Lira em painéis, fotografias e xilogravuras da própria Lira. Inclusive haverá uma máquina imprimindo xilos pra distribuir ao público”.
O material exposto pertence à gráfica, que datam desde o início dos anos 20, quando era a maior produtora de cordel do Brasil, até os dias atuais. A exposição ficará nos dias no evento da Reunião Regional da SBPC, no Salão da Terra, no campus Pimenta, em Crato, aberta ao público das 8h às 21h.
A história da Lira Nordestina se confunde com a da Literatura de Cordel no Brasil. Sua fundação ocorreu no ano de 1926 pelo romeiro alagoano José Bernardo da Silva, quando da sua vinda a Juazeiro do Norte.
História
A Lira Nordestina, antiga Tipografia São Francisco, localizada em Juazeiro do Norte – CE é um dos espaços mais antigos e famosos do Brasil em termos de produção de cordel e xilogravura. Entre os anos de 1932 e 1982, a Tipografia São Francisco com o nome de “Folhetaria Silva”, funcionou em Juazeiro do Norte como uma editora de cordel, tendo à frente José Bernardo da Silva, que em 1939 mudou o nome para Tipografia São Francisco.
Em 1949, José Bernardo adquire os direitos autorais de João Martins de Athayde, tornando-se a editora mais importante do Brasil. José Bernardo também incentivou a ilustração das capas de cordel com xilogravura, de custo mais baixo que os clichês de metal. Na década de 1950, devido a uma série de fatores econômicos e políticos, há uma forte diminuição da produção de cordéis.
Na década de 1970 com o falecimento de filhos, da esposa e do próprio José Bernardo, ficou à frente da Tipografia sua filha, Maria de Jesus da Silva Diniz. Em 1980, a Tipografia passa a denominar-se Lira Nordestina, por sugestão de Patativa do Assaré, um dos maiores poetas do Ceará.
Com a crise cada vez mais forte, Maria de Jesus vende a Lira Nordestina em 1982 ao Estado do Ceará que, em 1988 passa a fazer parte do patrimônio da Universidade Regional do Cariri (URCA).

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