segunda-feira, 1 de maio de 2017

PSOL teme perder espaço em 2018

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) teme perder ainda mais a representatividade que tem, tanto em nível estadual quanto nacionalmente. Com apenas um representante em casas legislativas em todo o Ceará, a sigla critica as mudanças eleitorais ocorridas em 2015 e está apreensiva com pontos da Reforma Política que está em debate no Congresso Nacional.
Em 2012, o partido conseguiu eleger dois vereadores - Toinha Rocha e João Alfredo - para a Câmara Municipal de Fortaleza, o que não se repetiu em 2016, quando a sigla, com a maior quantidade de candidatos de sua história, não obteve sucesso em nenhum dos municípios em que disputou eleição.
Renato Roseno, primeiro deputado estadual eleito pela sigla no Ceará, é o único do partido com representação em casas legislativas no Estado. Ele afirmou que o aumento do número de representantes do PSOL tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal depende da Reforma Política.
"Se fizerem a contrarreforma, como eles querem, ficará muito difícil. Queremos crescer do ponto de vista social e político, e precisamos pensar nisso", declarou. Segundo ele, o PSOL não se guia apenas na agenda das eleições, mas no dia a dia da população. No entanto, Roseno afirmou que é muito ruim para a legenda ter apenas um representante em casa legislativa para representar todo o partido.
Contrapontos
"É importante ter membros do PSOL nas casas parlamentares para fazer os contrapontos necessários. Em uma democracia tem que ter pelo menos dois lados, porque com apenas um lado não é democracia", apontou. Ele ainda não sabe se será candidato à reeleição, pois o partido deve decidir isso após congresso a ser realizado neste ano.
Segundo Roseno, o quociente eleitoral do partido é de 200 mil votos, o que impossibilita, muitas vezes, uma candidatura à Câmara Federal. "Não estamos com medo do pleito de 2018, mas é uma questão racional. A reforma de Cunha tirou a gente dos debates políticos e nosso tempo de TV. Isso é um absurdo. Eles estão sufocando os pequenos para manter os grandes poderios eleitorais, que são venais, clientelistas e corruptos".

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