00:00 · 01.07.2017
Após três meses de investigação dos inspetores da Delegacia Regional de Canindé, as polícias Civil e Militar realizaram, ontem, uma operação de combate ao crime organizado no município de Canindé. Ao todo, 12 pessoas foram presas, incluindo o acusado de matar o sargento Valdimiro Silva; e 13 armas de fogo foram apreendidas.
De acordo com o delegado titular de Canindé, Daniel Sousa, todos os capturados são traficantes perigosos, que atuam no município. Eles foram surpreendidos em suas residências, ainda no início da manhã. Durante a ação, os policiais encontraram nove revólveres calibre 38, uma escopeta e três armas artesanais.
A Polícia Civil confirmou que um dos mandados de prisão expedidos pela Justiça para serem cumpridos na operação era contra Antônio Waldison Almeida da Silva, de 25 anos de idade. O preso é o principal suspeito de ter matado a tiros o sargento PM Valdimiro Silva, no sábado (24), em Canindé. Ele já tinha antecedentes criminais por tentativa de homicídio, posse ilegal de arma de fogo e crime contra a administração pública.
Além dele foram presos Aline Silvestre Ferreira, 27, que responde roubo e tráfico de drogas; Ramário Pereira de Sousa, 21, que responde tráfico; e Francisco Gleyson Silva Gomes, 35, com passagens por roubo com restrição de liberdade da vítima, roubo comum e crime contra a administração pública. Dois homens que já estavam presos, na Cadeia Pública de Canindé, foram autuados por tráfico de drogas, durante vistoria da Polícia.
Os outros seis capturados não tinham antecedentes criminais: Armando Leitão de Sousa, de 69 anos; Crisvanda Ferreira Paulo, 32; Francisco Henrique Eglesias Silva Sales, 18; Antônio Erisvaldo Sousa Viana, 35; Francisco Rafael Pereira dos Santos, 23; e Jose Welton Barroso Cesar, 22.
Os suspeitos também portavam dinheiro em espécie, diversos cartões e quantidades de drogas fracionadas, incluindo crack, maconha e cocaína. Os montantes ainda serão contabilizados. A droga ainda não foi pesada. As apreensões dos suspeitos aconteceram em diferentes bairros de Canindé, com o auxílio de cães farejadores e uma aeronave. A Polícia investiga se os capturados têm relação com facções criminosas. Em entrevista, o delegado Daniel Sousa acrescenta que na Cadeia Pública de Canindé, que também foi alvo da operação, foram encontrados 15 celulares com um grupo de presos.
O secretário de Segurança Pública, André Costa, ressaltou a importância da investigação da Polícia Civil e do cumprimento dos mandados. "Apenas neste mês de junho, foram cerca de 600 mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos em todo o Estado. Isto demonstra que atuamos fortemente no intuito de reverter os índices criminais negativos", afirmou.
Incêndio
Ainda na madrugada, antes do início da ofensiva, os policiais foram surpreendidos pelo incêndio em uma das 50 viaturas disponibilizadas para as buscas. "Aconteceu um problema mecânico e uma viatura do Cotar pegou fogo, mas o incêndio não teve nenhuma relação com a operação. O carro ficou isolado em uma área e esperamos que todas as munições que estavam dentro estourassem. Como era viatura do Cotar, dentro tinha granadas não-letais que também estouraram", disse o delegado.
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