Itarema– A Polícia Civil de Itarema, Zona Norte do Ceará, cumpriu, na última quarta-feira (26), mandado de prisão preventiva contra Pedro Felipe Monteiro, filho do ex-prefeito de Itarema, Benedito Monteiro dos Santos Filho. Pedro Felipe é réu em ação penal promovida pelo Ministério Público (MPCE), que abrange os crimes de organização criminosa, dispensa ilegal de procedimento licitatório, fraude à licitação, peculato e lavagem de dinheiro.
Mandados de prisão
A ação penal decorre da Operação Carroça do MPCE, que investigou a prática dos crimes envolvendo os serviços de transporte escolar no município, entre os anos de 2013 e 2015. A juíza Kathleen Nicola Kilian decretou também a prisão preventiva de Pedro Max Monteiro, outro filho do ex-prefeito, além do advogado Carlos Eduardo Melo da Escóssia, mas os mandados de prisão deles ainda não foram cumpridos.
Pedro Max Monteiro, localizado em Fortaleza, ficou de se apresenta, antes do final da semana, à Polícia da capital. Já, Carlos Eduardo Melo da Escóssia, não foi encontrado para cumprimento do mandado. Ele não pode ser considerado foragido, uma vez que não houve, por enquanto, notificação a respeito do mandado de prisão do advogado.
Colaboração premiada
As novas denúncias apresentadas na ação são resultado de colaboração premiada, firmada perante o Ministério Público e devidamente homologada pela Justiça. A partir dela, contatou-se que o núcleo administrativo do esquema fraudulento, envolvendo Pedro Felipe Monteiro, segundo investigação do MP, recebia, a título de propina, R$ 20.000 por mês, decorrentes dos contratos de transporte escolar. “Pedro Felipe Monteiro era a pessoa que, de fato, exercia a chefia do Poder Executivo de Itarema, apesar de não possuir cargo no início da administração municipal em 2013, quando o esquema foi montado”, apontam as investigações. Pedro Felipe, em conjunto com Pedro Max Monteiro, que é ex-secretário Municipal de Administração e Finanças, estariam entre os principais responsáveis pela atuação da organização criminosa no município.
Operação Carroça
No município de Itarema, por três anos, o esquema criminoso propiciou a prestação de serviços de transporte escolar de forma totalmente deficitária, subcontratando 100% do objeto licitatório contratado, sendo o serviço prestado por meio de veículos visivelmente deteriorados e sem a menor condição de transportar alunos, o que, inclusive, colocava em risco as vidas dos estudantes.
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