Fortaleza. A ex-prefeita de Ibaretama, Eliria Queiroz, contestou a informação dada pelo atual prefeito do município, Edson Morais, que o descontrole na folha de pagamento de pessoal, que ultrapassou o patamar máximo exigido por lei, foi "herança da administração passada". Ela disse que encerrou seu mandato com o funcionamento sendo pago em dias e com um saldo bancário nos cofres municipais acima de R$ 1,9 milhão.
Em reportagem publicada no Diário do Nordeste de sábado passado (19), o prefeito de Ibaretama, Edson Morais, comentou o fato de que Ibaretama é o município com maior comprometimento de receitas para o pagamento de pessoal, com um percentual de 68,80. Na ocasião, Morais admitiu que não pagou a folha de julho, tem carros e tratores sucateados e a administração está quebrada para executar os serviços de melhoria da infraestrutura tanto na área urbana, quanto rural do Município.
Ao atribuir a péssima performance entre todos os municípios que levam em conta as receitas e as despesas à herança da gestão passada, Morais, segundo a ex-prefeita, causou indignação e revolta. Ela entende que essa campanha de transferir a responsabilidade pela má gestão da atual àquela que antecedeu é sem sentido, "até porque a folha ficou maior em decorrência do nepotismo e da falta de planejamento, ocorridos na atual administração. Essa é uma campanha que vem tomando vulto, inclusive nas emissoras de rádios locais. Daí que vim manifestar meu constrangimento".
Na entrevista ao jornal, Morais afirmou que o desmonte das finanças foi fatal para que a cidade entrasse em colapso por falta de dinheiro nos cofres ou contas correntes. "Fizemos todos os cortes possíveis e as receitas somente têm diminuído", disse ele.
Ranking
A situação de Ibaretama se repete em dezenas de outras cidades, embora o último ranking apresentado pelo TCM relacione como também em situação ilegal com a LRF os municípios de Paramoti, Miraíma, Itapiúna, Uruburetama, Madalena, Icó, Ipaumirim, Ibicuitinga, Jaguaribara, Maranguape, Araripe, Quixelô, Alcântaras e Aratuba, entre as 10 cidades com despesas comprometidas acima dos 60%.
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