Por dia, noventa e uma mil e quatrocentas toneladas da carga orgânica presente no esgoto produzido no Ceará não são coletadas por redes de saneamento básico e nem recebem qualquer tipo de tratamento. Circulam a céu aberto ou são encaminhadas para alternativas
precárias de esgotamento, que culminam na poluição dos recursos hídricos já escassos no Estado. Divulgado ontem em relatório da Agência Nacional das Águas (ANA) e do Ministério das Cidades, o dado corresponde a um quarto de toda a carga orgânica do esgoto gerado diariamente em áreas urbanas cearenses, equivalente a 354 mil e setecentas toneladas.
Ainda de acordo com o estudo, intitulado "Atlas dos Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas", no Estado, outras 14 toneladas de carga orgânica produzidas por dia, o que equivale a 4 por cento, embora passem pela coleta, não são tratadas e acabam despejadas em mananciais em condições inadequadas. O restante do esgoto diário é coletado e tratado, ou vai para fossas sépticas, solução considerada adequada pelo
Plano Nacional de Saneamento Básico.
No que se refere ao esgoto não coletado e nem tratado, além do lançamento a céu aberto, outros destinos citados no relatório são as fossas rudimentares, alternativas precárias de esgotamento que despejam a carga orgânica diretamente no solo. Em geral, ambas as situações são encontradas em áreas sem acesso à rede de saneamento.
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