A produção mensal de tilápia no Açude Castanhão despencou 90 por cento, ou seja, de mil e 500 toneladas reduziu-se para 150 toneladas. O reservatório acumula cerca de 4 por
cento de sua capacidade. Os criatórios nos tanques rede ficaram inviáveis. Em meio à crise hídrica, um grupo de 40 produtores buscam alternativas, apostando em nova tecnologia denominada de bioflocos, que utiliza recirculação de água e bactérias para o controle natural dos dejetos do pescado e da sobra de rações.
O sistema é usado para produção de tilápia e camarão e é novo para os produtores locais acostumados nos últimos dez anos a criar de forma intensiva tilápia em gaiolas no açude com renovação permanente da água, mas já é uma tecnologia bastante dominada em Israel, que dispõe de pouca água. "É viável economicamente quando há escassez de água porque tem custo elevado com energia", compara o engenheiro de pesca Paulo Landim. "Exige
capacitação e controle permanente da água".
Dezenas de produtores e centenas de operários foram embora nos últimos dois anos por causa da crise hídrica no Castanhão, transferindo suas experiências, gaiolas e trabalho para reservatórios na Bahia e em Pernambuco, no Rio São Francisco.
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