Um áudio que circula nas redes sociais onde o diretor administrativo do Hospital São Raimundo em Crato, Valério Fahiena, afirma que não irá atender mais pacientes que venham do município de Farias Brito tem gerado muita revolta entre a população.
Conforme a gravação, o diretor do São Raimundo, cita ainda que por mais que venha a ser pago o valor de mil reais por minuto, a unidade não atenderá mais ninguém da cidade
Segundo Valério Fahiena, os áudios não estão completos, sendo divulgados apenas trechos que tem como objetivo prejudicá-lo, além disso, o diretor ressalta que tanto ele como também os colaboradores do hospital foram vitimas de xingamentos por parte do prefeito José Maria do PC do B
Atendendo a uma população de 12 municípios, a unidade amarga um saldo negativo que ultrapassa a marca de meio milhão de reais, resultado da falta de repasse por parte do governo do Estado para manter os serviços de traumatologia.
Segundo dados do IBGE referentes ao ano de 2017, Farias Brito tem uma população estimada em 18 mil 720 habitantes, porém, menos de 4 mil reais são repassados pelo governo municipal para a realização dos atendimentos no setor de traumatologia, com isso, o hospital teve que suspender neste mês de outubro os atendimentos eletivos, ou seja, os procedimentos médicos que são programados, não sendo considerados de urgência e emergência
De acordo com Valério Fahiena, o caso já é de conhecimento da Polícia Civil e o hospital estará tomando medidas para que a situação não venha a se repetir
Para que os hospitais da rede privada possam atender através do Sistema Único de Saúde (SUS), é firmado um Plano de Parceria e Investimentos, que consiste no repasse financeiro por parte do Poder Público para que as unidades particulares venham a prestar atendimento como explica a defensora pública Jannayna Nobre.
Caso o hospital não tenha recebido os recursos e se recuse a atender o paciente, Jannayna recomenda que o fato seja comunicado ao Samu para que um médico socorrista se dirija até o local, avalie a situação, e constatando a gravidade, caso a unidade hospitalar insista em não prestar o atendimento, o profissional tem o poder de decretar a prisão por omissão de socorro e a vítima deve procurar depois a defensoria pública para judicializar uma ação contra o estabelecimento
Em Crato, diariamente diversas ações são judicializadas
Ao longo dos últimos anos, hospitais como Manuel de Abreu, Santa Tereza e Monsenhor Rocha foram fechados em Crato, precarizando ainda mais a situação da saúde no município.
Para Jannayna Nobre, o momento é de união entre a população e os políticos da região para buscar recursos e evitar que mais uma unidade venha a correr o risco de fechar as portas
Para Jannayna Nobre, o momento é de união entre a população e os políticos da região para buscar recursos e evitar que mais uma unidade venha a correr o risco de fechar as portas
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