01:00 · 29.11.2017
Oito municípios do Estado do Ceará possuem alto risco de infestação do mosquito Aedes aegypti para a incidência de dengue, chikungunya e zika, podendo provocar surto. Os dados são do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.
Araripe, Canindé, Capistrano, Chorozinho, Itapiúna, Itatira, Quixadá e São Luis do Curu possuem número superior a 4% no Índice de Infestação Predial (IIP), método que relaciona o número de imóveis com infestação do mosquito e o total de edificações pesquisadas nos municípios.
O número é o menor do ano avaliado pelo LIRAa, cuja edição anterior, referente ao mês de julho de 2017, apontou risco de surto em 45 municípios cearenses. De lá para cá, o índice de infestação diminuiu mais de 500%. No ano passado, o Ceará fechou o ano com 12 cidades em alto risco.
Com média infestação, foram consideradas pelo Ministério como "em alerta" 49 cidades no Ceará, o que representa 27,07% dos locais investigados no Estado. Do restante, 124 municípios foram avaliados com baixo índice de infestação, incluindo a Capital. O número simboliza 68,5% dos municípios cearenses que adotaram o LIRAa. As localidades de Nova Olinda, Pereiro e Quixeramobim foram as únicas das 184 cearenses que não participaram do levantamento. No fim de 2016, só 111 participaram da análise.
Com os resultados, as secretarias de saúde municipais e do Estado podem adotar estratégias a fim de controlar áreas com alto índice de presença do mosquito. Em nota, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) afirmou que o Estado "aumentou a amostra de municípios que aderiram ao Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e melhorou os indicadores".
Além disso, a Sesa pontuou que o governador Camilo Santana garantiu um incentivo de R$ 10 milhões para as localidades que obtiverem melhor resultado contra as arboviroses.
Incidência
Por outro lado, o Ceará apresentou a segunda maior taxa de incidência de dengue no Brasil e a maior do Nordeste, com 457,7 casos da doença por 100 mil habitantes. Na análise nacional, o Estado ficou atrás apenas de Goiás, cujo índice foi de 906,3 quadros da arbovirose. A média do Brasil, averiguada pelo Ministério da Saúde, corresponde a 116 casos em 2017. Embora os números tragam destaque para a região, o órgão verificou redução de 83,7% no número de pessoas que apresentaram dengue em todo o País.
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