A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, está investigando um terreno baldio, no local conhecido como 'antiga rampa do Jangurussu', em Fortaleza, que seria utilizado por criminosos como crematório e cemitério clandestino das vítimas.
Segundo o delegado Levi Louzada, da 3ª Delegacia da DHPP, a investigação começou após a Especializada receber informações do setor de inteligência da Polícia Civil. "Haveria um cemitério clandestino, local em que os narcotraficantes utilizariam para queimar seus inimigos após o esquartejamento", afirmou o delegado, em entrevista concedida à reportagem da TV Diário.
A primeira diligência ao suposto cemitério clandestino, localizado em um ponto de difícil acesso e que já sediou um lixão, foi realizada pela DHPP ontem, por volta de 11h, junto com uma equipe da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). Policiais civis e peritos realizaram levantamentos e colheram provas.
"Encontramos diversas ossadas e o material foi coletado. Mas colhendo informações iniciais com a Perícia, essas ossadas seriam de animais de grande porte, como gado. De qualquer forma, exames de DNA serão realizados", ponderou o delegado Louzada, lembrando que os ossos podem ser humanos. Conforme informações levantadas pela investigação da DHPP, o local de difícil acesso recebia vítimas de facções criminosas, que eram cremadas e enterradas.
O terreno fica próximo ao Barroso, onde dois grupos conhecidos como Gereba e Babilônia, ligados a facções criminosas, brigam pelo poder do tráfico de drogas na região e se digladiam em homicídios.
O Barroso e o Jangurussu estão inclusos na Área Integrada de Segurança (AIS) 3, onde já aconteceram 16 homicídios neste mês de outubro. No ano de 2017, a Área soma 170 assassinatos.
Também no Morro do Gereba, no mês de setembro último, foi encontrado um corpo esquartejado sem identificação. A vítima teve cabeça, tronco e braços arrancados.
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