quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Aumentar a bancada de parlamentares federais


Eduardo Bismarck (de rosa), filho do prefeito de Aracati, Bismarck Maia, se filiou ontem ao PDT e foi oficializado como pré-candidato à Câmara ( Foto: Thiago Gadelha )

Além de discutirem a composição majoritária para o pleito do próximo ano, as principais legendas do Ceará estão trabalhando na formatação de chapas e blocos com densidade eleitoral para a disputa proporcional de 2018. Ainda indefinidos sobre como se darão os grupos, os partidos estão em busca de nomes com representatividade com o objetivo de eleger o maior número possível de postulantes à Câmara Federal.
A última reforma da Legislação eleitoral fortalece as agremiações partidárias que elegerem o maior número de deputados federais, fixando em, no mínimo, nove, o número de parlamentares para permitir o funcionamento pleno de um partido, com direito a receber recursos do Fundo Partidário e de ter tempo para fazer a sua propaganda partidária, além das limitações no próprio espaço da Câmara dos Deputados. É a chamada Cláusula de Desempenho.
A estratégia do PT no Ceará não se fixará somente na candidatura à reeleição do governador Camilo Santana, de interesse também do PDT. A direção local do partido quer ampliar a participação do grêmio no Estado, conforme foi aprovado pelo diretório estadual e o congresso realizado neste ano. "A partir da análise feita dos últimos resultados das eleições, definimos que sairemos sós para deputado estadual e, para federal, participaremos do chapão (a junção de todos os candidatos dos partidos aliados)", disse o presidente da sigla, Francisco de Assis Diniz.
Seminário
O petista anuncia um processo de mobilização e articulação interna para orientar os diversos segmentos do grêmio com o intuito de executar esta pauta, realizando o debate político em torno da construção das metas partidárias. "À luz do que verificamos, a chapa para federal e estadual será discutida com os partidos da base e com o governador, mas vamos olhar para os interesses do PT e não vamos deixar em segundo plano esse debate, sobretudo na questão federal".
Ele ressaltou, ainda, que considerando a aprovação do fim das coligações proporcionais a partir de 2020, é importante que as legendas já se preparem para o pleito daquele ano, visto que 2018 será o último com possibilidade para tal organização partidária. Com as resoluções internas, o PT espera eleger até cinco deputados estaduais para a Assembleia Legislativa e três ou quatro para a Câmara Federal.
O presidente do Partido Progressista (PP), Antônio José, afirmou que a sua agremiação é a única que está percorrendo os municípios do Estado, realizando seminários sobre Reforma Política, escutando as demandas da população e discutindo as perspectivas para o pleito de 2018. De acordo com ele, a ideia é aumentar o número de filiados para ampliar o número candidatos à disputa eleitoral.
O suplente de deputado Yuri Guerra, hoje no PMN, poderá se filiar à legenda, conforme informou o representante do PP. Ele destacou que já conversou com a bancada federal e estadual do partido para tratar sobre as alianças com vistas às eleições, mas ressaltou que não houve fechamento de questão quanto a isso.
Sustentação
Na opinião do dirigente, "todos os partidos sairiam ganhando se fossem todos unidos, incluindo PMDB, PT, PDT, PCdoB e todos que fazem parte da base de sustentação do governador Camilo Santana". "Se fizermos um blocão com todos, vamos eleger de 30 a 33 deputados estaduais. Mas isso ainda não está em debate. Ainda mais porque estamos filiando novos membros e não sabemos com certeza o número de candidatos que teremos para deputado".
Antônio José também defendeu maior participação do PP na mesa de negociações com o governador Camilo Santana. "O governador ainda não procurou o partido, e queremos discutir com ele. Porque o Progressista é da base, sendo a segunda maior bancada (na Assembleia). Em nível federal somos a quarta maior força, e não temos nada no Governo, nenhuma secretaria, nada. Queremos sentar e ver a composição das chapas, inclusive, para o Executivo".
O presidente do PDT, André Figueiredo, destacou que a prioridade do partido também será a disputa proporcional, visto que o partido pretende eleger ao menos seis deputados federais. Ele destacou que neste momento há um fortalecimento das pré-candidaturas do deputado estadual Robério Monteiro e do secretário da Fazenda, Mauro Filho, bem como do filho do prefeito de Aracati Bismarck Maia, Eduardo Bismarck, cuja filiação partidária aconteceu na noite de ontem.
Filho
Eduardo Bismarck era filiado ao PPS, partido no qual ingressou para compor a coligação do pai em Aracati, no ano passado. No PTB, Pedro Bezerra, filho do presidente estadual da sigla, o prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra, foi o preferido pela direção petebista para disputar vaga na Câmara. O pai de Eduardo, Bismarck Maia, é o atual prefeito de Aracati e filiado ao PTB.
Com relação à disputa estadual, Figueiredo afirmou que existem diversas candidaturas colocadas. "Queremos eleger de 12 a 15 deputados estaduais. Quanto à composição, isso discutiremos no decorrer do tempo. Vamos estudar cada caso, sempre colocando um olhar mais forte nas candidaturas majoritárias", disse ele.
Presidente do PMDB, o senador Eunício Oliveira afirmou que o partido não tem interesse apenas na disputa majoritária, mas também na quantidade de candidatos a deputado estadual e federal. O partido, assim como as demais legendas, está buscando formar uma chapa grande para o pleito. Atualmente, a legenda possui cinco deputados estaduais na Assembleia, mas Walter Cavalcante, hoje no PP, deve retornar ao PMDB e aumentar a bancada do partido.
A perspectiva da legenda é eleger até seis parlamentares para a Assembleia e ao menos quatro para a Câmara Federal, inclusive, o filho do senador, Rodrigo Oliveira. O deputado Danniel Oliveira afirmou que o partido ainda não se decidiu por chapa própria ou ingresso em bloco partidário, ressaltando que isso dependerá da composição majoritária que a sigla apoiar.
"Vamos estar em uma chapa majoritária por causa do senador (Eunício), mas onde ele estiver é natural que estejamos no bloco. A prioridade do partido é, de fato, fazer que ele cresça. Vamos ter mais candidatos do que tivemos em 2014, e isso vai fazer que o partido evolua", disse.

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