Jati. Após cumprir agenda mais cedo, em Crato, no lançamento do BPRaio, o governador Camilo Santana esteve, na tarde do último sábado (23), visitando o Cinturão das Águas do Ceará (CAC). Antes disso, de helicóptero, o Chefe do Executivo cearense foi até Salgueiro (PE), acompanhar a Transposição do Rio São Francisco. Preocupada com a chegada das águas do ‘Velho Chico’ ao açude Castanhão, a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) corre para concluir eixo emergencial de 53 km.
Camilo pousou em Jati e acompanhou os lotes em construção, de carro, até Missão Velha. Lá, conheceu o Riacho Seco, que levará água até o Rio Salgado, depois de percorrer cerca 13 km. Por gravidade, ela chegará até o Açude Castanhão, através do Rio Jaguaribe. Hoje, o reservatório que abastece Fortaleza tem menos de 3% de sua capacidade. A expectativa é de que pudesse dobrar o volume atual com o recurso hídrico do Rio São Francisco, numa vazão de 12 metros cúbicos por segundo.
Com 68% concluído, o eixo emergencial se concentra nos lotes 1, 2 e 5, do Trecho 1 do Cinturão das Águas. A previsão é que seja concluído em maio 2018. Por outro lado, as chuvas podem atrapalhar o cronograma da obra e o Cinturão das Águas apresenta um número reduzido de trabalhadores e equipamentos. De toda primeira etapa, de Jati à Nova Olinda, com 149 km, pouco mais da metade foi feito.
Até a próxima quinta-feira (28), o Governo do Estado aguarda R$ 65 milhões para o Cinturão das Águas. A verba, do Governo Federal, vem para pagar dívidas com empreiteiras que trabalharam entre outubro e dezembro. O restante do montante, cerca de R$ 22 milhões, será utilizado na obra a partir de janeiro. De acordo com a SRH, reuniões periódicas estão sendo realizadas com o Ministério da Integração Nacional, em Brasília, para garantir o investimento financeiro até o fim da construção.
A Transposição do Rio São Francisco para o Ceará é que continua incerta. Nos canteiro visitado por Camilo Santana, em Salgueiro (PE), a obra que deveria acontecer nos três períodos só está sendo realizada pela manhã. A situação é pior em Penaforte (CE), onde faltam equipamentos e o número de operários é reduzido. O mato já toma conta do eixo central do canal.
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