"Uma vitória do povo brasileiro", assim definiu o adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência, o líder da Oposição na Câmara dos Deputados, José Guimarães.
“Foi uma vitória dos partidos de oposição no Congresso Nacional e dos sindicatos e movimentos sociais que ao longo do ano denunciaram e resistiram contra esta perversidade do governo atual”, disse o líder do PT na Câmara, Carlos Zaratini.
Mesmo com todo o peso do governo, com a compra de apoio parlamentar via emendas e nomeações, mais uma campanha milionária nos meios de comunicação para tentar convencer o povo de que a reforma é necessária, o resultado é que não houve 308 votos necessários à aprovação da PEC.
“Precisamos continuar na resistência para impedir a votação em fevereiro, como anunciou hoje o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)”, alertou Guimarães.
Diante da falta de votos e do início do recesso parlamentar, Rodrigo Maia anunciou que o início da discussão da PEC da Reforma da Previdência ficou para 5 de fevereiro e a votação em si começará em 19 de fevereiro, após o carnaval.
Maia defendeu a votação ainda neste ano, mas reconheceu que não há condições. Para ele, até o ano que vem será possível obter os votos necessários para aprovar a mudança.
Um dos principais erros da PEC em tramitação é que está focada principalmente nas despesas, sem discutir as fontes de financiamento. Além disso, em vez de cortar privilégios, como diz o governo, a PEC foca sobretudo no corte de direitos dos mais pobres.
Antes do anúncio do adiamento da votação da PEC para fevereiro pelo presidente Rodrigo Maia, José Guimarães esteve com os grevistas de fome que completaram 10 dias de jejum em protesto contra a reforma.
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