terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Novo Ensino Médio trará melhorias na formação


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Dados da Fundação Itaú-Social comprovam que o estudante que conclui o Ensino Médio com formação profissionalizante recebe 12% a mais ( Foto: José Leomar )
Com o Novo Ensino Médio, a formação técnica deixa de ser complementar e passa a ser uma opção de ensino e formação. Hoje, se o jovem quiser uma formação técnica de nível médio, precisa cursar 2.400 horas do Ensino Médio regular e mais 1.200 horas do técnico. Com a reforma, o aluno terá um diploma do Ensino Médio e um certificado do Ensino Técnico dentro da carga horária regular que deverá atingir 1.000 horas/ano.
Essa mudança vai aumentar as chances de o jovem cursar o Ensino Técnico durante o Ensino Médio, o que lhe vai permitir terminar o Ensino Médio com qualificação profissional, facilitando o ingresso no mundo do trabalho. José Carvalho Rocha, diretor do Colégio Christus, diz que "entrando no mercado de trabalho, o jovem já pode contribuir para seu próprio sustento, contribui com sua família. E, caso deseje continuar estudos, já terá um meio de financiar essa oportunidade. É importante que ele possa aprender já uma profissão no Ensino Médio, mesmo que não continue com essa profissão até o fim da vida".
O Ministério da Educação (MEC) aponta que, atualmente, a maioria esmagadora dos jovens termina o Ensino Médio sem qualquer formação profissional, e termina entrando no mercado de trabalho sem qualificação profissional, sendo absorvidos em atividades de baixa qualificação e, consequentemente, de baixa remuneração.
Dados da Fundação Itaú-Social comprovam que o estudante que conclui o Ensino Médio com formação profissionalizante recebe 12% a mais, em termos salariais, que um estudante do médio regular.
Outra pesquisa, feita pelo Banco Mundial, mostra que concluintes de Ensino Técnico possuem 3% a 5% mais empregabilidade que um aluno do Ensino Médio regular. A ampliação do acesso ao Ensino Técnico melhora, portanto, a possibilidade de inserção dos jovens no mundo do trabalho, configurando-se uma opção interessante, motivadora e que pode abrir caminhos para cursos tecnológicos de nível superior.
Embora seja a sexta economia no mundo, o Brasil está entre os países com mais baixo índice de oferta de cursos de formação técnica. Enquanto, no País, 8,4% dos jovens em idade de cursar o Ensino Médio fazem cursos técnicos, em países como França (42,7%), China (44%), Alemanha (49,2%) e Itália (56,1%) mais de 40% dos estudantes fazem formação técnica.

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