terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Atlântico definirá quadra chuvosa

Imagem relacionada As precipitações da quadra chuvosa, período que vai de fevereiro até maio, serão decisivas para a recuperação do aporte do abastecimento de água no Ceará. Até o fim do mês de dezembro, metade da pré-estação chuvosa, foi registrado um aumento de 3,5% acima da média histórica no mês, que é de 31,6mm. Apesar do número positivo, o supervisor da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Raul Friz, aponta que a melhoria ainda é muita pequena para se comemorar.
"É difícil traçarmos uma previsão durante o período de pré-estação. Só conseguimos algo mais preciso pouco dias antes. Porém, é de praxe que janeiro chova mais que o mês de dezembro. Esperamos que este janeiro seja como em 2016, que choveu 94% acima da média histórica", afirma Fritz.
No próximo dia 19, a Funceme promete anunciar o prognóstico da quadra chuvosa de 2018. O estudo terá como base os 15 primeiros dias do ano para traçar o cenário dos próximos meses. O órgão aponta que há um fator favorável com o fenômeno La Nina. "Estamos dependendo das condições do Oceano Atlântico, assim como das águas do Pacífico. Os dois têm que estar em convergência. Já conseguimos identificar que La Nina está garantida, pelo menos até abril, através de medição subsuperficial, no oceano", explica.
Já o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (GTPCS/MCTIC) faz uma previsão que indica maior probabilidade do total trimestral de chuva ocorrer na categoria abaixo da faixa normal climatológica na maior parte da Região Nordeste, incluindo o Ceará. Segundo o estudo, os volumes armazenados tendem a se manter estáveis.
Oscilação
A maior variação esperada é no Ceará, com projeções que oscilam de 6,4% a 12%, até março de 2018. O grupo GTPCS/MCTIC possuí profissionais dos seguintes órgãos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

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