domingo, 7 de janeiro de 2018

Ceará e Fortaleza: rivalidade renovada

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Não é de hoje que Ceará e Fortaleza são as principais atrações do Campeonato Cearense, pelo tamanho de suas torcidas, número de títulos e, claro, o equilíbrio histórico que move ambos.
E essa rivalidade, cada vez maior após os acesso dos dois no Campeonato Brasileiro do ano passado (Vovô para a Série A e o do Leão para a Série B) será amplificada no Campeonato Cearense deste ano. Afinal, será a única competição na qual se enfrentarão, já que o Tricolor de Aço está fora da Copa do Brasil, Copa do Nordeste e, também, por estarem em divisões diferentes no Brasileiro.
Para ambos, um título cearense significa iniciar com a confiança em alta o Campeonato Brasileiro, que começa na primeira quinzena de abril e, para o derrotado, o inverso, com dúvidas pairando sobre o trabalho, tamanha a pressão da torcida.
Pelo regulamento, só há um Clássico-Rei garantido, no dia 4 de fevereiro, pela 1ª fase. Porém, alvinegros e tricolores ainda podem se enfrentar na 2ª fase, caso fiquem entre os 6 classificados, além de mais dois jogos (nas semifinais ou decisão do campeonato) se ambos forem avançando no certame.
Se não bastasse a rivalidade que move os rivais, o Estadual pode ser um bom parâmetro para avaliar os trabalhos de Marcelo Chamusca, no Ceará, e Rogério Ceni, no Fortaleza.
Chamusca foi um dos heróis do acesso do Ceará para a Série A e sabe bem os desafios que terá no início do ano, que é levar o Vovô ao bicampeonato tendo mais duas competições paralelas: a Copa do Nordeste e Copa do Brasil.
"O ano de 2018 será desafiador. Mas eu tenho certeza que, junto com o nosso torcedor, temos todas as condições de conquistar títulos e fazer grandes campanhas em todas as competições que disputarmos", disse.
Um dos trunfos do treinador é a continuidade do seu trabalho no Ceará e a manutenção de uma base forte do grupo que conquistou o acesso. Permaneceram nada menos que sete titulares - o goleiro Éverson, os zagueiros Rafael Pereira e Luiz Otávio, os volantes Richardson e Pedro Ken, o meia Ricardinho e o atacante Élton - e boas peças do elenco - o goleiro Fernando Henrique, o zagueiro Valdo, os volantes Raul e Pio, além dos atacantes Raul e Roberto.
"Temos que chegar fortes em todas as competições e o Estadual é muito importante, pois o Ceará é o maior campeão e defende o título. Além disso, tem uma grande rivalidade local e a torcida quer a taça", avisou o volante Pedro Ken.
No Leão
Já para Rogério Ceni, iniciando seu trabalho como técnico no Tricolor, sabe que o sucesso no Campeonato Cearense é vital para sua continuidade e iniciar bem a Série B.
A diretoria do Fortaleza, além de fazer uma contratação ousada para treinador, por conta do investimento, renovou o contrato de seis jogadores: Marcelo Böeck, Anderson Uchôa, Ligger, Adalberto, Pablo e Max Walef. Outros cinco já tinham vínculo e foram feitas 14 contratações.
"Não temos um grupo numeroso, porém enxuto e de qualidade. Não vieram todos os jogadores que a gente queria, mas estou muito satisfeito com os que trouxemos. São jogadores de qualidade e que escolhemos com muito critério", disse Rogério Ceni.
O treinador está bastante motivado: "Fui muito bem recebido na cidade, no clube, por todos e, agora, temos um longo trabalho pela frente. Nossa primeira meta é chegar à final do Campeonato Cearense e conquistá-lo. Eu procurarei fazer o meu melhor, porque ninguém nasce treinador. Geralmente se é atleta, estuda e depois você segue a carreira, tendo várias experiências", disse.

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