História que se repete

Atletas do Fortaleza ficam cabisbaixos após derrota no Domingão ( Foto: Thiago Gadelha )

O Fortaleza pagou caro as mudanças bruscas que fez no time para o jogo contra o Horizonte na tarde de ontem, no Estádio Domingão. O técnico Rogério Ceni mexeu praticamente no time todo, o que repercutiu no rendimento da equipe, que foi surpreendida, com justiça, pelo Galo do Tabuleiro, que quebrou a invencibilidade dos tricolores, na vitória por 2x1.

Não é a primeira vez que tal situação acontece com o Leão do Pici. No ano passado, o Tricolor vinha de três jogos invictos frente a Ferroviário, Guarani/J e Ceará), mas ao encarar o Horizonte, perdeu por 1 a 0, na época do técnico Hemerson Maria, no Domingão. Foi um jogo em que poucos se salvaram na atuação do Leão. Jogadores como Edinho, German Pacheco e Alan Mineiro mostraram que ainda estão muito fora de forma física.

Oportunidade

O Leão terá a oportunidade de se recuperar no próximo dia 31, às 19 horas contra o Tiradentes, na Arena Castelão. No próximo domingo, às 18 horas, será o clássico contra o Ceará.

Nos 10 primeiros minutos, o Tricolor errou passes de mais e mostrou um desentrosamento quase que completo. Para completar, tocava a bola com lentidão, sem alternativas de ataque.

O Horizonte se fechava bem e explorava os erros que o visitante apresentava. Quando era possível, a equipe orientada pelo técnico Marcelo Vilar se mandava para o ataque. E foi o que aconteceu aos 14 minutos, quando o lateral Valclício avançou pela direita, passou por Wesley e Leonan e foi à linha de fundo. Leonan não impediu o cruzamento e a bola veio certeira na cabeça de Daivison. Ele testou forte, a bola bateu no travessão e desceu dentro do gol: 1x0.

Passaram-se 10 minutos e o Leão apresentou os mesmos problemas. Edinho aberto pela direita e Wesley pela esquerda, estavam bem marcados. O argentino German Pacheco tentou flutuar pelo meio, mas estava muito fora de ritmo.

Gol Olímpico

Com o Fortaleza sem se encontrar ofensiva e defensivamente, o Horizonte foi beneficiado até por uma certa casualidade. Houve um escanteio para o Galo do Tabuleiro e o lateral Danilo Itaporanga cobrou fechado. A bola passou pelo lateral Leonan, que se desviou e não cortou e acabou enganando o goleiro Marcelo Böeck mais uma vez. A bola entrou direto, no canto, em um belo gol Olímpico: 2x0.

O Fortaleza teve a sorte de reagir logo no minuto seguinte. O meia-atacante Wesley recebeu bola passada por German Pacheco, na esquerda do ataque tricolor, já na entrada de área. Wesley deu um toque por cima, encobrindo o goleiro Eduardo Alves. A bola entrou, e o Leão diminuía com um belo gol, em momento estratégico, que poderia permitir uma reação.

O primeiro tempo chegaria ao final, com dois lances quase decisivos, um para cada lado. O primeiro foi novamente com Daivison, que chutou da intermediária, ao ver Böeck adiantado e quase conseguiu marcar. Para o Leão, a oportunidade foi com Wesley, que driblou um defensor e chutou, mas o goleiro Eduardo Alves espalmou.

Segundo tempo

Para o segundo tempo, Rogério Ceni trocou Edinho por Alan Mineiro e tirou German Pacheco para a entrada de Gustavo. Tinga entraria depois no lugar do zagueiro Murillo, passando Felipe para a zaga. Todos os que entraram foram muito bem marcados e nada produziram. Alan Mineiro ainda colocou a bola no travessão, mas já aos 50 minutos. O Fortaleza teve um domínio territorial, tocando a bola de um lado para a o outro, mas sem uma penetração eficiente, seja pelas laterais ou pelo meio.

Para Rogério Ceni, o jogo serviu apenas para fazer avaliação do elenco, pois pelo resultado em si no Estadual, acabou sendo um prejuízo técnico.