Quixeramobim. Duas pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC) precisaram ser transferidas para outro complexo hospitalar do Estado. Elas estavam internadas na UTI e necessitavam se submeterem à diálise.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), a transferência ocorreu em razão do aumento do índice de salinidade da água que abastece o Hospital. A eficácia do tratamento diálise poderia ser comprometida. A Secretaria acrescentou que a transladação ocorreu no dia 2 de janeiro passado.
A Sesa ainda informou não estar havendo falta de água no Hospital Regional do Sertão Central, que, de janeiro a dezembro de 2017, realizou 1.052 cirurgias e 1.426 internações. Nesse período, também foram realizados 5.156 atendimentos ambulatoriais e 43.942 exames.
Em funcionamento desde o segundo semestre de 2016, o HRSC tem seu abastecimento hídrico realizado por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Quixeramobim. A água vem sendo captada para a cidade por meio de poços profundos e de uma adutora, interligada ao Açude Pedras Brancas, localizado a 60 quilômetros de distância.
Reservas
O reservatório, de onde é retirada a água para abastecer a cidade vizinha, Quixadá, está com apenas 4,9% da sua capacidade. Esse percentual representa 23,6 milhões de metros cúbicos.
O gerente regional da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Paulo Ferreira, responsável pela gestão hídrica do Pedras Brancas, confirmou a salinidade da água, todavia, ainda nos limites toleráveis estabelecidos pelos padrões do Ministério da Saúde. A água para Quixeramobim está sendo captada da parede do reservatório, onde está mais fundo, portanto, com índices de sais menos elevados que em outras áreas da lâmina d'água mais rasa.
Ferreira ainda acrescentou que o atual volume do Pedras Brancas é suficiente para garantir o abastecimento das duas cidades até o fim do primeiro semestre de 2019, mesmo sem nenhuma recarga. Todavia, neste mês de janeiro, o açude teve elevado o seu nível de água em 5 centímetros. Foi a maior recarga dentre os 19 açudes da Bacia do Banabuiú. Nos últimos 23 dias, o pluviômetro instalado ao lado da barragem já registrou 70 milímetros. Havendo a continuidade das chuvas na região, o Açude se tornará mais saudável.
Os 155 açudes monitorados pela Cogerh, distribuídos em 12 bacias hidrográficas, cuja capacidade é de 18,64 bilhões de metros cúbicos, apresentavam, nesta quarta-feira, volume de 1,26 bilhão metros cúbicos (6,74%). A bacia com maior volume é a do Coreaú (49,39%), seguida da bacia do Litoral (34,92%), Serra da Ibiapaba (18,72%), Acaraú (16,33%), Metropolitanas (14,73%), Curu (8,95%), Salgado (8,40%), Alto Jaguaribe (6,02%), Banabuiú (2,19%), Médio Jaguaribe (2,15%), Baixo Jaguaribe (0,94%) e Sertões de Crateús (0,23%).
Neste ano, foi registrado um aporte total de 9,25 milhão de metros cúbicos. No dia 24 de janeiro, houve aporte no Pedras Brancas e Cipoada, da Bacia de Banabuiú; Gameleira, da Bacia do Litoral; Tucunduba, da Bacia do Coreaú; e Cocó, das Bacias Metropolitanas. Foram registradas chuvas em 70 postos pluviométricos monitorados pela Funceme, completou a Cogerh.
Unidade
Quanto ao HRSC, localizado na rodovia CE-060, conhecida como Estrada do Algodão, na altura do Km 198, em Quixeramobim, é o terceiro hospital construído pelo Governo do Estado no Interior.
Atende à população de 631.037 habitantes dos 20 municípios da Macrorregião de Saúde do Sertão Central: Boa Viagem, Canindé, Caridade, Itatira, Madalena, Paramoti, Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu, Solonópole, Aiuaba, Arneiroz, Parambu e Tauá.
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